ZONA HISTÓRICA DA MINHA CIDADE
Esta rua com pouco mais de 250 metros, terá à volta de 200 portados na soma dos dois lados da rua. No entanto grande parte das casas existentes nesta rua, estão desertas por falta de condições habitacionais, estando algumas delas em ruínas. A situação não é famosa por aquelas bandas, porém, com o arranjo das ruas estou convicto de que foi dado um passo importantíssimo, para resolver de uma vez por todas a triste “caca” em que muitos dos que habitaram a casa grande da nossa cidade, deixaram cair esta pobre zona de Castelo Branco.
Muitas críticas já aqui fiz ao nosso primeiro e irei com certeza continuar a fazê-las. Porém… será de toda a justiça, (Independentemente da lentidão das obras e de algumas coisas menos boas), realçar o trabalho feito pela nossa autarquia, nesta martirizada zona da cidade. Estou mesmo convencido que depois do arranjo das ruas, se seguirá a todo a vapor o restabelecimento de muitas das velhinhas casas e que dentro de alguns anos, (espero ainda andar por cá, nessa altura…), a nossa zona histórica não terá apenas o pomposo nome de zona histórica, mas que se tratará verdadeiramente uma zona histórica que irá orgulhar todos os albicastrenses.
ALGUMA DA HISTÓRIA DESTA RUA
Manuel da Silva Castelo Branco nos no seu livro: “Subsídios para o Estudo da Toponímia Albicastrense no Século XVI ” conta-nos um pouco da história desta rua.
A Rua de E’ EGA é um topónimo que, segundo joseph M. Piel deriva do nome próprio Egas; alguns supõem também que o seu uso em Castelo Branco poderá talvez resultar da Ordem de Cristo ter possuído uma outra comenda de “pleno jure”, na vila da EGA… Aparece mencionado este arruamento, numa carta de venda feita, em 1522, por Diogo Vaz e sua mulher Beatriz de Sousa a Sebastião Nunes, todos moradores em Castelo Branco, de uma casa sitas detrás da Misericórdia, com quintal e poço para a rua D’ EGA e que ficaram, por falecimento de Aires Botelho, a seus herdeiros. Morou nesta rua o R. P. Bartolomeu da Costa, varão notável pelas suas virtudes, que nas próprias casas de residência fundou um Hospital dos Convalescentes de Castelo Branco.
Muito pouco para uma rua com tantos e tantos anos de história, na história da nossa cidade.
ALGUMAS DAS PRECIOSIDADES DA RUA D’ EGA.
Nesta rua existem alguns dos mais belos portados quinhentistas da nossa zona história, uma cruz de Cristo com uma inscrição por baixo, que não consegui decifrar mas que tem a data de 1720. E por fim uma bonita casa, com a frontaria toda ela em granito.
O Albicastrense
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