BEM – VINDOS A UM BLOGUE LIVRE DE OPINIÕES SOBRE CASTELO BRANCO, SEJAM ELAS BOAS OU MÁS. O BLOGUE É DE TODOS E PARA TODOS OS ALBICASTRENSES…
terça-feira, setembro 28, 2010
EFEMÉRIDES MUNICIPAIS - XXXVII

A rubrica Efemérides Municipais foi publicada entre Janeiro de 1936 e Março de 1937, no jornal “A Era Nova”. Transitou para o Jornal “A Beira Baixa” em Abril de 1937, e ali foi publicada até Dezembro de 1940.
A mudança de um para outro jornal deu-se derivada à extinção do primeiro. António Ribeiro Cardoso, “ARC” foi o autor desde belíssimo trabalho de investigação, (Trabalho que lhe deve ter tirado o sono, muitas e muitas vezes).
Os comentários do autor estão aqui na sua totalidade
Para juízes, Manuel Lopes Ferreira, para procurador do concelho; Domingos Afonso e Domingos Diogo, para procurador do povo, Manuel Fernandes Vicente, para depositário do povo. Lêem-se este nomes na acta da sessão de 24 de Janeiro. Na mesma sessão de 12 de Janeiro, alem da historia do carcereiro já contada, tratou-se ainda de escolher Diogo Ferreira Carvalho “Para temperar o relógio” e de nomear “novo almocreve” para substituir João José de Rego Goulão, que se tinha ausentado com demore.
Nas sessões de 17 e 24 de Janeiro não há mais nada do que aquilo a que já se aludiu. Realiza-se também sessão no dia 27; mas só se trata de lançamentos de nova siza para acudir às despesas com os expostos e lá temos outra vês Monforte na cabeça do rol com 80.000 réis, ao passo que a cidade aparece com 60.000 réis. Depois o mês de Fevereiro passa perfeitamente em claro, sem uma só sessão, por muito modestasinha que fosse e chega-se ao dia 10 de Março, em que a Câmara deu sinal de si. De entrada temos o seguinte, que não deixa de ser interessante:
(Continua)
domingo, setembro 26, 2010
VELHAS IMAGENS DA MINHA CIDADE - VI
A fotografia deverá ter sido tirada na década de 60, o local em que a imagem foi captada está hoje totalmente diferente.
sexta-feira, setembro 24, 2010
TIRAS HUMORÍSTICAS - LXXIII
Declarações publicadas nos vários jornais da nossa cidade.
quarta-feira, setembro 22, 2010
EXPOSIÇÃO - XIII
Foi realizado no ano de 2006, altura que a nossa Beira ficou quase reduzida a cinzas, tendo ardido grande parte da maior mancha florestal de pinheiro bravo da Europa.
Nessa altura, o Governo prometeu inúmeras medidas de apoio, aos pequenos produtores, houve até um programa de televisão com transmissão em directo do Largo em frente à Câmara Municipal de Castelo Branco, onde não faltou gente importante da política onde se propagandeava “um cem número” de medidas a tomar perante tal calamidade.
Como dizia atrás, o quadro foi realizado em de 2006, utilizei restos de madeira, tela, uma rodilha (ou sogra), fios e restos de mantas, vieux chène, acrílico e tinta a óleo.
segunda-feira, setembro 20, 2010
INSTITUIÇÕES DA MINHA CIDADE
162 ANOS DEPOIS
20 de Setembro de 1848 - 20 de Setembro de 2010
A 20 de Setembro de 1848, o liceu de Castelo Branco, que havia sido criado por decreto de iniciativa do ministro do Reino Manuel da Silva Passos e sob pressão do Vice-reitor da Universidade de Coimbra, Professor doutor José Alexandre de Campos, datado de 17 de Novembro 1836, iniciou a sua actividade académica com regularidade. Enquanto se aguardava a construção do respectivo edifício, os docentes Padre José Joaquim Magro, professor de latim; Padre José Marques Leite, professor de retórica, Filosofia Racional e Moral e o professor António José de Sousa, nomeados em 5 de Outubro de 1847, já davam aulas nas suas próprias residências.
Sabe-se porém que o liceu de Castelo Branco, funcionou primeiramente, numas casas velhas, pertença do estado, junto à Igreja de Graça, as quais se erguiam no pequeno largo agora ali existente, tendo, por vezes sido aproveitado o coro da Igreja da Graça para ali serem leccionadas algumas disciplinas, assim como o espaço da ampla sacristia também serviu para ali serem dadas aulas, e pouco depois, o antigo edifício contíguo à residência dos doentes. Posteriormente, em 1858 o liceu foi instalado num edifício propriedade de D. José de Saldanha, o qual se ergue no Largo da Sé, onde mais tarde estiveram os CTT.
Em 4 de Outubro de 1911, o liceu foi transferido para o antigo Paço Episcopal e no dia 2 de Maio de 1946, foi ocupar o edifício, construído de raiz, na Avenida Nuno Alvares, onde ainda hoje se encontra.
PS. A recolha dos dados históricos é de José Dias.
A compilação é de Gil Reis e foram publicados no Jornal ”A Reconquista”
O Albicastrense
quinta-feira, setembro 16, 2010
JORNAIS DA MINHA TERRA - I

Rasto que nos mostra nomes de antigos ilustres da cidade, sítios onde funcionavam as suas sedes e locais, onde eram impressos esses jornais, ou ainda dos grandes ideais que eles diziam defender.
É apenas uma pequena lista de velhos jornais da nossa cidade, jornais que por um ou outro motivo, (independentemente daquilo que diziam defender), não passaram muitas vezes dos primeiros números e em alguns casos do primeiro.
Esta lista de jornais, poderá ser aumentada por todos aqueles que possuírem dados, sobre a imprensa da nossa cidade e os queiram aqui divulgar.
A sede do jornal era no Governo Civil, onde por sua vez era impresso. Dizia: “Pugnar pela Junta do Porto e difundir o seu programa”, anunciava no seu primeiro número que iria sair ás segundas e sextas-feiras.
Nota: Prometia muito! Mas ficou-se pelo número um... pois padeceu nesse mesmo número.
O jornal “A Aurora” aparece a 1 de Agosto de 1872. Dele pouco ou nada se sabe. Segundo consta, a sua periodicidade seria semanal.
Não se sabe quantos números terão saído, nem quando terá partido.
Nota: A razão deste vazio é-me desconhecida, porém, não será difícil associá-la a motivos de ordem política.
O primeiro número apareceu a 16 de Julho de 1883. Saíram três números.
Nota: para folha humorística teve muita pouca graça!... Pois finou-se num abrir e fechar de olhos.
O primeiro número saiu a de vinte de Abril de 1984. Era publicado aos domingos, e a partir de 1992 tornou-se bissemanal, (começou a sair às quartas-feiras e domingos). No primeiro número trazia no cabeçalho como director: Pedro da Silva Martins. Como editor: António Trindade Cardoso e Silva. A partir de 1890 sai de director, Pedro Martins e entra Trindade Cardoso. Era propriedade de Pedro da Silva Martins e de Trindade Cardoso.
Em 1893 por dificuldades financeiras (segundo alguns historiadores), foi-se, deixando atrás de si 497 números publicados e nove anos de existência.
Nota: Este jornal, por aquilo que tive o cuidado de ler em alguns exemplares que se encontram na nossa biblioteca, era avesso à politica de Manuel Vaz Preto e muito próximo de Francisco Tavares de Almeida Proença, (mentor politico do jornal). Defensor de uma linha politica, que não renegava e que defendia com unhas e dentes, (se é que se pode utilizar esta expressão para um jornal).
Convém lembrar que este jornal, foi um dos grandes defensores da linha do caminho de ferro da Beira Baixa, e que teve como colaborador António Roxo.
quarta-feira, setembro 15, 2010
domingo, setembro 12, 2010
SINAL VERDE

Depois de algumas vezes anunciadas e outras tantas adiadas, as obras de recuperação de uma das vivendas adquiridas pela nossa autarquia, na Avenida Nuno Alvares, (conhecida pela casa azul) começaram finalmente. Tal com já aqui disse por várias vezes, as boas medidas devem ser divulgadas e aplaudidas, por isso, este albicastrense bate palmas à recuperação desta bela vivenda, e pede para que as restantes possam em breve seguir o mesmo caminho. Aproveitando esta embalagem pedia aos responsáveis pela nossa autarquia, que responsabiliza-se os proprietários das duas vivendas vizinhas, pelo estado desastroso em que elas se encontram e que em conjunto pudessem a breve prazo, resolver a “triste imagem” que estas vivendas transmitem à nossa querida avenida.
Aos responsáveis por esta recuperação mais uma vez os meus aplausos, no entanto é preciso não adormecer à sombra da bananeira, pois por ali ainda existe muito trabalho por realizar.
O Albicastrense
sexta-feira, setembro 10, 2010
CASTELO BRANCO NA HISTÓRIA E NA ARTE - LXXI

terça-feira, setembro 07, 2010
VELHAS IMAGENS DA MINHA CIDADE - V

domingo, setembro 05, 2010
CINCO ANOS DEPOIS...

5 de Setembro de 2005 - 5 de Setembro de 2010
Cinco anos depois, ainda por aqui tenho residência! Confesso que no início, pensei que esta aventura depressa passaria à história. No entanto, passados todos estes anos, ainda por aqui tenho sítio. Sítio que irei continuar a habitar, até que o velho computa rebente, que a cabo-visão me corte a Internet (pois ela não é de borla), ou que a falta de paciência para continuar a rumar contra moinhos de vento, que rolam sempre a favor de quem comanda, me faça desistir.
Um grande abraço para todos aqueles que se habituaram a visitar-me.
O albicastrense
sexta-feira, setembro 03, 2010
O NOSSO BORDADO

OFICINA ESCOLA DE BORDADOS DO MUSEU FRANCISCO TAVARES PROENÇA JÚNIOR
Volto hoje a um tema que já aqui abordei por variadas vezes. Estou a fazê-lo em virtude de no dia 30 de Agosto, ter visto no programa “Regiões” da R.T.P, uma reportagem sobre a Oficina Escola de Bordados do Museu Francisco Tavares Proença Júnior. A referida reportagem começava com a seguinte afirmação:
“A Oficina Escola de Bordados regionais do Museu Francisco Tavares Proença Júnior, responsável pela produção dos famosos bordados de Castelo Branco, corre o risco de encerrar. - As duas únicas bordadoras que ali trabalham, estão atingir a idade da reforma”.
A directora do museu contactada para falar sobre o assunto, diz na reportagem o seguinte: ”Não se perspectiva que o número de bordadoras a trabalhar no museu, venha a aumentar a curto ou médio prazo. - Tudo pode acontecer! Embora neste momento isso não se prospectiva. - Nesse sentido, a Oficina Escola poderá deixar de produzir bordado de Castelo Branco, mas poderá continuar com outras valências como eu já tenho afirmado, ao nível da divulgação e ao nível do estudo da promoção do bordado”.
Não querendo contestar estas declarações (até porque a directora nada tem haver com o esvaziamento da Oficina Escola), não posso deixar de lembrar que a questão não é assim tão simples. Ou seja! O poder central encerra-nos pouco a pouco e de uma forma infame, a Oficina Escola de bordados, mas como somos pessoas civilizadas, mandamos para traz das costas a desgraça e começamos a dedicar-nos ao estudo e à promoção do bordado. Esta afirmação até pode fechar a boca a muito boa gente, mas para quem sabe o que a Oficina Escola representa para o museu, esta afirmação mais não é que um balde de areia para os olhos dos albicastrenses. Estando o nosso museu transformado numa instituição em que bordado é o coração da instituição e a Escola Oficina o sangue que faz funcionar esse órgão, a extinção da Oficina Escola, não provocará no museu o mesmo efeito que provoca, quando deixa de irrigar o coração de qualquer ser humano? Responda quem souber ou quiser, porque este albicastrense começa a ficar sem palavras para denunciar este tipo de situações.
Continuando com as declarações da jornalista: “A Câmara Municipal vai no entanto salvaguardar a produção desta arte fora do museu. - A Câmara de Castelo Branco criou uma associação do bordado, que irá ter uma escola para empregar 10 bordadoras e comercializar o produto. - A associação ficará sediada no antigo edifício dos C.T.T”.
Joaquim Morão contactado para se pronunciar sobre o tema diz o seguinte na mesma reportagem: “Vamos dar um novo impulso ao bordado de Castelo Branco. - A Câmara tem aqui um papel fundamental, pois dispõe-se a financiar esta escola e a financiar este empreendimento, de modo a contribuir para salvaguardar o bordado de Castelo Branco. - Mas ao mesmo tempo, fazer disto uma actividade económica e criar emprego. - É isto que vamos fazer!..”.
Ao nosso presidente o albicastrense gostaria de colocar uma pequena questão: Não teria mais lógica apostar na resolução dos problemas da Oficina Escola do museu? Não seria mais vantajoso e mais barato recuperar um organismo que nos últimos 34 anos, foi o baluarte dos nosso bordado? Não seria mais prático aproveitar a experiência adquirida ao longo dos tais 34 anos e relançá-la para os dias de hoje, em vez de começar (não se sabe como, nem quando), tudo de novo? Para este albicastrense que ajudou a erguer a referida Oficina Escola e que acompanhou o seu percurso ao logo desses anos, esta “espécie de troca” mais não é que a constatação da nossa incapacidade de dizer não, a quem se decidiu pela morte lenta da OFICINA ESCOLA DE BORDADOS DO MUSEU FRANCISCO TAVARES PROENÇA JÚNIOR.
Mas a história desta reportagem não acaba aqui. António Realinho em representação da A D R A C E S argumenta na mesma reportagem, que os meios informáticos são uma mais valia para os bordados. E dá dois exemplos:
- “Um colcha do bordado de Castelo Branco como é sabido, é um investimento caríssimo, o cliente ou potencial cliente, tem toda a facilidade em viabilizá-lo antes da sua confecção”.
- “A outra grande componente é: no passado para se reproduzir uma colcha, era necessário decalcá-lo em papel vegetal, agora já se faz, de forma informático”.
Se em relação à primeira até podemos estar todos de acordo, o mesmo não se passa quanto ao segundo ponto: “Agora já se faz, de forma informático”. Perante esta afirmação tão categórica e ao mesmo tempo tão descabida, só posso perguntar? Onde se faz tal? Quem o faz? E quem investiu nesses equipamentos para o poder fazer ?
UM MÉTODO COM HISTÓRIA.
A relação que se estabelece entre a bordadora, o lápis, o desenho, e o linho, não é um simples acto de copiar o que está no papel vegetal para o linho. É muito mais que isso! A passagem do desenho de uma colcha ou painel para o linho, é um acto criativo, ao fazê-lo a bordadora transporta um pouco da sua própria sensibilidade para o linho, dando ao desenho um cunho pessoal, chegando ao ponto de por vezes se poder dizer perante determinada colcha, que ela foi desenhada e feita em determinado local.
Não é por acaso que ouvimos dizer; "que não existem duas colchas iguais", e eu ouvi-o centenas e centenas de vezes, da bocas das bordadoras do museu. Tal afirmação é a constatação de que cada bordadora ao fazer este trabalho, dá-lhe o seu toque pessoal, tornando cada colcha que se faz dum velho desenho uma nova colcha e não uma nova cópia. Mas não é tudo! Se tirarmos à bordadora a função de desenhar a colcha que a seguir irá bordar, não estaremos nós a privá-la da sua criatividade, e a transformá-la numa “espécie” de máquina de costura? Voltando ao “agora já se faz, de forma informático”, gostaria de acrescentar que o que está em causa, não são os meios informáticos, mas antes a ideia de que é necessário alterar, voltar a alterar e alterar mais uma vez, independentemente do bom senso que se deve colocar, perante determinados trabalhos.
Vou terminar por aqui, no entanto estou convicto que esta matéria irá continuar a ser discutida, pena é, que pessoas que nesta área tem responsabilidades se estejam borrifando para ela.
O ALBICASTRENSE
quarta-feira, setembro 01, 2010
EFEMÉRIDES MUNICIPAIS - XXXVI

JORNAL "A BEIRA BAIXA" 1937 / 1976
MEMÓRIAS DA TERRA ALBICASTRENSE 1º EDICAO: 12 DE ABRIL DE 1937 DIRECTOR E EDITOR: ANTÓNIO RODRIGUES CARDOSO ADMINISTRADOR E PROPRIETÁRIO:...
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EU SÓ QUERIA ENTENDER.... Volto a um assunto que já aqui abordei várias vezes, estou a fazê-lo novamente porque ao passar hoje pe...
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" PATRIMÓNIO DA TERRA ALBICASTRENSE " O texto sobre o bordado de Castelo Branco que vão ler a seguir é, da autoria de...
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PROFESSOR DR. FARIA DE VASCONCELOS (1880-1939) O seu nome foi dado a uma das escolas da nossa cidade, porém, não tenho duvidas que este ...