A rubrica Efemérides Municipais foi publicada entre Janeiro de 1936 e Março de 1937, no jornal “A Era Nova”. Transitou para o Jornal “A Beira Baixa” em Abril de 1937, e ali foi publicada até Dezembro de 1940. A mudança de um para outro jornal deu-se derivada à extinção do primeiro. António Rodrigues Cardoso, “ARC” foi o autor desde belíssimo trabalho de investigação, (Trabalho que lhe deve ter tirado o sono, muitas e muitas vezes).
O texto está escrito, tal como foi publicado.
Os comentários do autor estão aqui na sua totalidade.
Os comentários do autor estão aqui na sua totalidade.
(Continuação)
Na sessão do dia 24 do citado mês de Setembro foi apresentado, logo de entrada, o seguinte requerimento:
Na sessão do dia 24 do citado mês de Setembro foi apresentado, logo de entrada, o seguinte requerimento:
“Diz João Antunes Pelejão Medico desta cidade que ele tem servido o partido desta Câmara deste muito antes do São João proximamente passado por molestia e empedimento do Dr. António Tavares Neves medico do dito partido e hoje falecido e porque não he tão justo do que participar do comodo o que sofre os incomodos, e o satisfazer com o premio ao que trabalha tende o Sup. Carregado e carregando ainda com os incomodos, e trabalhando da serventia do ponderado partido pertende se lhe contribua desde o dito dia de S. João por diante com o mesmo ordenado que vencia o dito falecido medico enquanto o Sup. se não munir com provizão para o receber visto que entretanto reconhecendo as rezoens que assistem ao mesmo Sup. não duvida o Dr. Provedor abonar nas contas deste conselho o ponderado ordenado.
Pede a V. S. S. Sr. Presidente e mias officiais da Camara sejão servidos mandar-lhe contribuir com o ponderado ordenado desde o tempo sobredito ficando o Sup. responsável a obter Provizão em tempo conviniente. E R M”.
Pede a V. S. S. Sr. Presidente e mias officiais da Camara sejão servidos mandar-lhe contribuir com o ponderado ordenado desde o tempo sobredito ficando o Sup. responsável a obter Provizão em tempo conviniente. E R M”.
Devemos confessar que o requerimento não é precisamente um modelo. Se o bom do médico não entendia mais de medicina do que de bom português, grandes contas terá dado a Deus pelos doentes que lhe caíram nas unhas.
Mas os vereadores não se preocuparam com a redacção do requerimento. Entenderam que estava muito bem feito o pedido, que o medico tinha razão, visto “carregar só com o peso que athegora estava repartido por dous”, e por isso foram de parecer que devia cobrar o ordenado que recebia o médico falecido “desde o dia de São. João proximo passado em diante e isso alem do partido que ele já tinha”. Abotoava-se com os dois ordenados, o felizardo.
Impunham-lhe porém duas condições: havia de “mandar vir a Provizão dentre de seis meses” e havia de curar de graça os doentes pobres.
Depois disto, nomearam os “almotasseis para servirem nos três meses de Outubro, Novembro e Dezembro” e foram para suas casas muitos satisfeitos “por não haver mais que despachar”.
(Continua)
Impunham-lhe porém duas condições: havia de “mandar vir a Provizão dentre de seis meses” e havia de curar de graça os doentes pobres.
Depois disto, nomearam os “almotasseis para servirem nos três meses de Outubro, Novembro e Dezembro” e foram para suas casas muitos satisfeitos “por não haver mais que despachar”.
(Continua)
PS. Mais uma vez informe os leitores dos postes “Efemérides Municipais”, que o que acabou de ler é, uma transcrição fiel do que foi publicado na época.
O Albicastrense
Muito a propósito e talho de foice um reparo. O Estado e a Igreja vão retirar dois feriados. Nós por cá era útil e acertado que o Feriado Municipal fosse no dia correcto (Março). A Romaria da Senhora de Mercoles sem feriados. Para irmos há missa e comer umas sardinhas basta tudo normal. Que dizem ilustres.
ResponderEliminarAmigo Anónimo.
ResponderEliminarOs ilustres vão ficar surdos e calados.
Contudo, vamos aguardar para ver o que dizem os menos ilustres, mas também eles albicastrenses.
Um abraço
Anónimo das 11,27.
ResponderEliminarFala do dia correcto e depois diz Março. Ora no meu modesto entender, Março ainda é mês.
Depois, "ir há missa". Há, é do verbo haver. Não será, ir à missa? Romaria sem feriado. Concorda?
UM MENOS ILUSTRE.
Não somos de Castelo Branco, mas ligados à Covilhã por laços familiares. Usámos o seu blogue, que muito apreciámos, no nosso sobre um corregedor albicastrense do século XVIII. O nosso blogue: http://covilhasubsidiosparasuahistoria.blogspot.pt/2014/10/covilha-contributos-para-sua-historia.html
ResponderEliminarCumprimentos Maria do Céu Jordão Morais Carvalho Dias e Miguel Nuno Peixoto de Carvalho Dias
ResponderEliminarMeus amigos.
Este blog está à disposição de todos aqueles que se interessem por estas coisas. Eu é que agradeço o facto de aqui terem vindo colher informações.
Abraço para todos