A NOSSA ZONA HISTÓRICA
O comentário que desta vez estou a postar, foi deixado
em esclarecimento a um poste sobre a zona histórica da terra albicastrense. Ao
seu autor, só posso dizer bem-haja pelo esclarecimento que nos deixou, alegando
que talvez a publicação do seu comentário como poste, possa despertar consciências
adormentadas na defesa da nossa zona histórica.
A quem dirige a autarquia albicastrense, não
posso deixar de esgrimir o seguinte:
Tendo a autarquia albicastrense gasto milhões e
milhões de euros na recuperação da nossa zona história, este albicastrense não
consegue entender que a política empresarial de terminadas empresas “não querem
gastar dinheiro com a passagem dos cabos aéreos para os tubos subterrâneos, que
já lá estão”, se sobreponham aos interesses da nossa zona história e
dos albicastrenses.
Aos albicastrenses posso esgrimir igualmente o
seguinte: Se não fosse muita ousadia minha, quase que implorava aos
albicastrenses, para que de futuro pensassem melhor antes de assinar contratos
de fornecimento de serviços de comunicações com determinadas empresas, empresas que tão mal tratam a nossa terra.
José de Castilho disse...
Tem toda a razão nos comentários relativamente aos dois casos que aqui expôs. Quanto aos horríveis cabos e caixas metálicas cinzentas que desvalorizam o aspecto da fachada principal da minha casa (e a fachada lateral também) ando há 5 anos a lutar pela sua remoção, mas como as obras se iam arrastando sempre tinha a esperança que mais dia, menos dia o assunto fosse resolvido.
Há para aí uns dois meses concluí que aquilo não saía da cepa torta, pois a
EDP, à minha revelia, andou a fazer buracos nas minhas fachadas e a fixar
definitivamente os cabos pendurados provisoriamente em ferros desde o final das
obras. Para que as fiadas fossem na horizontal, até traços de fio de pedreiro
azul fizeram por cima da pintura branca com tinta de silicato, que o IGESPAR exigiu.
Então, fui falar com o Sr. Presidente da Câmara, que me recebeu com muita
simpatia e se prontificou a fazer todos os esforços para que o problema seja
resolvido. O que ele me disse foi que esta situação ainda não foi resolvida
porque a EDP, a PT e a Cabovisão (parece que também é TV Cabo, agora) não
querem gastar dinheiro com a passagem dos cabos aéreos para os tubos
subterrâneos, que já lá estão. Escrevi uma carta a cada uma das companhias a
intimá-las a retirar os cabos, que foram ali colocados sem minha autorização. A
EDP foi a que mais se preocupou em dar-me resposta, pois escreveu-me e mandou
lá um responsável. Mas empurrou a solução para a responsabilidade da Câmara.
O senhor que lá foi disse-me o mesmo que me tinham dito por telefone, que
podiam tirar de lá os cabos se eu pagasse a despesa. Respondi que ali não é
nenhuma empresa turística, que ganhe dinheiro com o visual da fachada, para
arrecadar receitas e lhes pagar, que ali é um edifício com interesse histórico
(tem o brasão mais antigo da cidade), mas uma mera casa particular.
É feio ver aquilo para quem ali passa, que fica mal impressionado, a
começar por mim, mas não me compete custear o bom visual duma parcela da
cidade. Fiquei a saber, pelo senhor da EDP que lá foi, que as horríveis
caixas cinzentas não são deles mas sim da Cabovisão. A Meo (PT ou lá o que é)
não se dignou responder-me.
A Cabovisão respondeu-me com delicadeza que estão a estudar o problema. Não
bastavam estes desgostos, quando tive mais um: o horrível grafito de medonhas letras
rabiscadas por cima da tal tinta de silicato, na fachada principal.
Bem, vou mandar limpar aquilo e pintar, quando já lá não houver fios nem
caixas metálicas. Sobre isto, o comentário principal de interesse para os
albicastrenses, é que ali não há policiamento nenhum, a zona histórica está
entregue à bicharada durante a noite. Só por milagre não acontecem coisas
piores.
Roubaram-me das portas laterais as maçanetas metálicas desenroscáveis por
fora e não fui o único contemplado. E tanto quanto consta não são moradores da
zona que fazem isso. Resta-me esperar que o Senhor Presidente da Câmara
Municipal, pessoa que muito admiro e por quem tenho elevada consideração,
consiga resolver estes problemas.
José Martins Barata de Castilho
O Albicastrense
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