CASTELO BRANCO NA HISTÓRIA E NA ARTE
É muito remota a origem
dos castelos. Na idade Antiga era nestas fortalezas que viviam os chefes das
tribos e se celebravam as cerimónias religiosas.
Estes entrincheiramentos
fechados e falqueados por torres eram edificados, por via de regra, nos cerros
e montes elevados que dominavam vastos horizontes.
Quando era necessário
defender vastas planícies e tinham de erigir-se em locais de fácil acesso, eram
circundados por profundos fossa cheias de água que só eram transponíveis, em
tempos de paz, por meio de pontes lavadiças. Inspirando confiança os
seus espessos muros, era junto deles que se erguiam e cresciam as povoações.
Os habitantes eram
eficazmente protegidos pelas cintas de muralhas onde, de espaço a espaço, se
elevavam fortíssimas torres guarnecidas de ameias, das quais podiam ser
facilmente atacados os sitiantes.
Para que estas
fortificações se tornassem quase inexpugnáveis, eram as cercas reforçadas com
recintos interiores onde os assaltantes se debatiam e por vezes baqueavam,
quando conseguiam superar o primeiro obstáculo.
Dos merlões, dos
postigos, das frestas, dos palanques e parapeitos construídos sobre cachorros
lançavam-se impiedosamente sobre os inimigos as setas, os pedregulhos, o azeite
em abolição, o pez e o chumbo derretido.
O interior dos castelos
era dividido por fortes paredes, formando vários compartimentos, onde se
arrecadavam os produtos dos saques e os tesouros coletivos.
As portas eram seguras
por ferrolhos e arnelas e flanqueadas por cubelos e torreões que protegiam as
comunicações dos recintos com o exterior.
A torre de menagem, onde
flutuava o pendão e cuja altura excedia a das outras, era o derradeiro refúgio
dos defensores no caso de assédio.
(continua)
Recolha de dados: “CASTELO BRANCO NA HISTÓRIA E NA ARTE”.
Da autoria de Manuel
Tavares dos Santos
O Albicastrense
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