O seu
nome foi dado a uma rua de Castelo Branco (perto do Largo do Saibreiro), e ainda esculpido na memória dos
grandes beneméritos da Misericórdia. Formado
em Cânones e prior da igreja de S. Pedro, de Torres Vedras, viveu e ficou
sepultado na mesma vila.
No livro de Castro e Silva, encontra-se um valioso capítulo dedicado ao famoso testamento do Prior Manuel de Vasconcelos, notando o autor a escassez dos elementos biográficos, que lhe respeitam.
Do
seu testamento consta o seguinte: “… Não tenho
erdeiros forsados asendentes, nem desendentes , que de forsa aiao de suseder em
meus bens e fazenda, pelo que instituo e fasso minha universal erdeira a Santa
Casa da Misericórdia da villa de Castello Branco, minha pátria, de todos os
bens assi moveis como de raís que na quella villa tenho e possuo…”
Deixou
alguns legados a entidades e instituições de Torres Vedras, além do perdão de
numerosas dívidas, enunciando os devedores, sem, as mais vezes mencionar as
quantias, o que consta do referido testamento, redigido e aprovado 1617.
Nasceu em 1575, conforme ele próprio diz no mesmo documento, que a sua idade vai “passante de setenta e dou anos e com algãs achaques que não prometem muita vida…”.
Faleceu a 13.08.1647, como se verifica do auto de aprovação subscrito por Bartolomeu Barreiros Baracho, vereador servindo de juiz de fora, de Torres Vedras, que abriu o testamento e o cadecilho cerrado, por ter falecido o testador.
Nota: No seu testamento, impôs este benemérito, que toda a sua avultada fortuna, então avaliada em 50 contos, à Santa Casa de Misericórdia de Castelo Branco. A obrigação de construir e sustentar, na Praça Velha defronte da cadeia, uma capela para que os detidos pudessem assistir à missa.
Dados recolhidos no livro; “Estudantes da Universidade de Coimbra naturais de Castelo Branco” da autoria de, Francisco Morais e José Lopes Dias.
O Albicastrense
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