quarta-feira, fevereiro 20, 2008

CENTRO ARTÍSTICO ALBICASTRENSE

UMA COLECTIVIDADE CENTENÁRIA
(1908-2008)

Esta coletividade, comemora do próximo dia 23 de Fevereiro, 100 anos de existência. Cem anos que seguramente terão tido momentos altos e baixos. Dos atos comemorativos deste centenário, faz parte um jantar de sócios, que irá decorrer na sede da coletividade nesse mesmo dia. Se é sócio e quer participar, ainda está a tempo de se inscrever neste acto centenário.

UM PEQUENO RESUMO HISTÓRICO DA COLECTIVIDADE.

O Grémio dos Artistas; terá sido fundado, na segunda metade do século XIX. Os seus serões dançantes e outras actividades poéticas e culturais eram, um acontecimento bastante importante na cidade de Castelo Branco nessa época.
No entanto já
muito próximo do fim desse século, os sócios dos Grémio dos Artistas, entraram em discussões constantes entre si, e foram de tal modo, que a associação acabou por se extinguir. Dessa extinção, (segundo relatos) resultou o aparecimento de duas novas associações na nossa cidade: O Centro Artístico Albicastrense e O Clube da Castelo Branco”.
Centro Artístico Albicastrense, foi fundado a 23 de Fevereiro de 1908, por artistas, (operário,
aquele que exerce uma arte), sob a ideia do artista Manuel de Oliveira Leitão. A sua fundação deve-se a albicastrenses de classe baixa, em contraste com outras associações existentes nessa época na nossa cidade.
Nos seus esta
tutos era possível ler-se em determinado artigo o seguinte: Definem como fins da associação a instrução dos associados desenvolvimento e progresso das artes e indústrias da localidade e recreio dos sócios através de jogos e outras diversões, tal artigo constara ainda nos seus estatutos?
O Centro Artístico Albicastrense instalou-se após a sua fundação em 1908 numa casa arrendada no Largo de S. João.
Na década seguinte por volta 1912 instalou-se na rua de Santa Maria, onde ainda hoje tem sede própria, (comprada nessa mesma década).
Nas décadas de trinta a sessenta o Centro Artístico Albicastrense, juntamente com a Assembleia de Castelo Branco e o Clube de Castelo Branco, eram as três grandes associações albicastrenses e tinham inclusive prioridades sociais.
A partir da década de setenta, esta colectividade perdeu grande parte da sua mística enquanto instituição de artistas (!) pois passou a aceitar qualquer indivíduo para sócio da colectividade. Como é hoje o dia a dia desta colectividade, da qual sou sócio acerca de quarenta anos, mas sobre a qual sei muito pouco. Quais as suas actividades actualmente?

 BANDA E TUNAS

Em 1921 existiu no Centro Artístico Albicastrense uma Tuna dirigida por Alberto Sele. Em 1928, o Centro Artístico Albicastrense tinha uma Banda que era dirigida, pelo mestre Jóia, esta banda ressurgiria nos anos sessenta sob a batuta de Serafim Chamusca e desapareceria pouco tempo depois.

(Ps) Alguns dos dados aqui divulgados foram retirados do livro “ISTOPIA” Editado pela Câmara Municipal de Castelo Branco

O Albicastrense

10 comentários:

  1. Anónimo10:08

    O reizinho do betão também vai ao centenário.

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  2. Anónimo12:28

    A Câmara Municipal de Castelo Branco abriu um concurso, tornado público no "Diário da República", em 2o de Dezembro 2oo7, concurso externo de ingresso para admissão de um estagiário com provimento de um lugar Técnico de 2.ª classe (História). O referido concurso foi alvo de prorrogação, por mais dez dias, a 18 de Janeiro de 2008 no "DR" e anulado no dia 18 de Fevereiro, por despacho do Presidente da entidade promotora.
    Eu, como muitos outros licenciados concorremos ao concurso, apesar de se pedir expressamente alguém com um curso superior na área de História que não conferisse grau de licenciatura, logo estava a pedir-se um bacharel de História... o que não existe em Portugal. Tal como o lugar aberto não existe: "técnico de 2.ª classe de história", só contemplando a legislação "técnico superior de 2.ª classe de história".
    Assim, desde que o concurso foi publicado no "Diário da Repúbica" que tentámos agendar uma reunião com o Presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, Sr. Joaquim Morão, para lhe explicar, o que pensávamos ser óbvio, só não o sendo, para o próprio e para os técnicos que lhe deram o parecer e montaram o referido concurso, isto é, que o lugar aberto não existe e que não há Bacharelato em História, pelo que o concurso teria de ser anulado... como aqui já tinhamos pedido neste blog, alegando estas e outras razões.
    O Despacho foi assinado a 18 de Fevererio e ainda bem, repondo-se a verdade, só é pena o dinheiro que se gastou ao contribuinte, com publicação da abertura do concurso, da sua prorrogação, com envio das cartas registadas aos candidatos a anular o mesmo, com o precioso trabalho dos técnicos do sector dos recursos humanos da autaquia... tudo porque se quis poupar uns trocos... para contratar bacharéis!!
    Pois bem, no passado domingo (17 de Fevererio de 2008), à tarde, encontrámos o Sr. Presidente, por acaso, no Fórum de Castelo Branco e tivemos oportunidade de lhe dizer o que aqui já referimos: não há bacharéis em História e não há técnicos de 2.ª classe de História, que não técnicos superiores, logo terá de anular o concurso.
    Curiosamente, eu não sou pago para aconselhar o Presidente da CMCB!
    Não é o caso da restante vereação, dos deputados municipais, dos assessores, dos funcionários da autarquia (júri incluído), dos juristas, dos "catedráticos" em concursos...

    A bem da verdade, agradecemos ao nosso amigo Joaquim Baptista que levantou o problema no seu blog, colocando as questões que não poderiam deixar de ser feitas.

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  3. Anónimo12:34

    presunção e água benta, cada qual toma a que quer

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  4. Anónimo14:47

    Curiosamente, eu não sou pago para aconselhar o Presidente da CMCB!




    posted by Luís Norberto Lourenço
    QUERIAS

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  5. Anónimo17:25

    Curiosamente, porquê?

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  6. Anónimo19:41

    Quem aconselha o nosso Joaquim Morão é o eng. Carvalhinho. A ele se deve o crescimento da zona industrial. Bem hajas Eng.
    M. L.

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  7. Venho, po reste meio, dado não haver mail de contacto disponível, pedir-lhe colaboração e mais dados sobre a existência de tunas nos séc XIX e inícios do séc. XX (até aosanos 50) em Castelo Branco, nomeadamente de cariz escolar.
    Pedia-lhe o enorme favor de, caso lhe seja possível, facultar ficheiros d eimagem e scanner de artigos jornalísticos (ou outros) que possam constituir fonte documental segura.

    Este pedido prende-se ao desejo de retraçar as tunas populares e estudantis da época supra-citada, num estudo sério e fundamentado.

    O mail de contacto é: notasemelodias@gmail.com

    Desde já grato pela atenção, subscrevo-me com os mais distintos cumprimentos.

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  8. Anónimo11:12

    Estimado Dr. António Veríssimo antes de mais deixe-me congratula-lo pelo blogue, bastante interessante e actual.
    Chamo-me Tânia Mota e sou aluna do 2º ano do Curso de Comunicação: Marketing, Relações Públicas e Publicidade da ETEPA. No âmbito do meu curso desenvolvi no mês transacto a minha Formação em Contexto de Trabalho no Centro Artístico Albicastrense. Para elaboração do respectivo relatório foi-me pedido que referencia-se alguns aspectos da história da colectividade, no entanto a informação disponível e bastante limitada, pelo que a única que encontrei foi precisamente no seu blogue.
    Deste modo tomei a liberdade de utilizar o seu texto realizando apenas algumas alterações, espero que não se incomode com esta atitude. Deixo-lhe uma cópia do texto. Uma Vez mais obrigado e os meus sinceros parabéns.
    O Grémio dos artistas foi fundado na segunda metade do século XIX. Os saraus de danças e outras acções poéticas e culturais eram acontecimentos de suma importância para elite intelectual Albicastrense da época e os quais eram uma constante nesta colectividade.
    Contudo nos finais do século XIX, as constantes querelas entre sócios do Grémio dos artistas acabaram por levar à extinção desta agremiação. Porém, desta extinção resultou o nascimento de duas novas colectividades em Castelo Branco: “ O Centro Artístico Albicastrense” e “O Clube de Castelo Branco”.
    Assim a 23 de Fevereiro de 1908 è fundado o Centro Artístico Albicastrense, na actualidade comemora 102 anos de existência, pelas mãos de artistas, indivíduos de classe baixa, que contrastavam com outras agremiações da época presentes em Castelo Branco.
    O Centro Artístico Albicastrense estabeleceu-se numa residência arrendada no Largo de S. João. Na década subsequente em 1912, transferiu-se para a rua de Santa Maria, onde ainda hoje permanece a sua sede.
    Nas décadas, de trinta a sessenta o Centro Artístico Albicastrense em conjunto com a “Assembleia de Castelo Branco” e o “Clube de Castelo Branco” formavam as três mais importantes associações da cidade, sendo mesmo possuidoras de propriedades sociais.
    Todavia nos anos setenta, o Centro Artístico Albicastrense foi perdendo grande parte da sua mística enquanto associação de artistas, fruto da mesma ter começado a aceitar como sócios indivíduos sem qualquer conotação ao universo artístico.

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  9. Tânia Mota.

    Antes de mais, uma pequena informação.
    Não tenho qualquer titulo académico, mas apenas a instrução primaria do meu tempo, (antiga 4º classe).
    De seguida o meu bem-haja pelas suas palavras referentes ao blogue. Parte dos dados referentes a este poste, foram retirados da revista de investigação ”istopía” editada pela Câmara Municipal de Castelo Branco. Que tem como director; Leonel de Azevedo.
    A ele e a muitos outros investigadores da nossa cidade, (alguns já falecidos) cabem parte dos louros que aqui deixou.
    Pois muitas vezes, sou apenas um mero divulgador de dados históricos.
    Em antigos jornais da nossa cidade, pode encontrar muita informação sobre o Centro Artístico Albicastrense.
    Um abraço

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