RUAS
E PRAÇAS
DA
TERRA ALBICASTRENSE
Dos muitos nomes de pessoas que constam nas placas toponímicas da nossa cidade, este será seguramente um dos que pouco, ou nada, dizem aos albicastrenses. A rua que aqui trago desta vez, situa-se na zona histórica da nossa cidade.
Esta
rua, é uma transversal entre as ruas João Carlos Abrunhosa e Santa Maria, e tem
o seu início ou fim consoante se suba ou desça, nas traseiras do tribunal de
Castelo Branco.
O
pavimento desta rua, foi recentemente mudado pela nossa autarquia, pena é que
as casas ali existentes não tenham tido a mesma sorte. A placa toponímica,
diz apenas: “Rua Mousinho Magro” muito pouco para que os albicastrenses possam
saber quem foi este homem, de quem se sabe aliás muito pouco.
Anteriormente,
esta rua teve vários nomes, entre os quais destaco um que ainda hoje é
recordado pelos mais velhos, ” Rua dos Jasmins”.
QUEM
FOI
MOUSINHO
MAGRO?
Gaspar
Mousinho Magro: Nasceu em Castelo Branco na primeira metade do século
XVII, filho de um casal de Albicastrenses, António Magro Mousinho e Isabel
Pires.
Desempenhou em
Castelo Branco, (sua terra natal) vários lugares importantes, entre os quais o
de Procurador às cortes em 1669.
Casou
com Catarina Vilela Leitão, deste casamento não houve filhos.
Talvez
por isso e também por ser homem possuidor de avultados bens, institui "uma
capela na igreja Santa Maria cuja administração confiou, por disposição
testamentária, à confraria de Nossa Senhora do Rosário, para que, com o seu
rendimento, se distribuíssem dotes às raparigas "pobres, casadoiras, de boa
vida e costumes".
Gaspar
Mousinho Magro faleceu em Castelo Branco a 29 de Abril de
1685. Está sepultado no convento de Santo António.
Fez
testamento e instituiu capela na igreja de Santa Maria, com missa
quotidiana.
Alguns
dados da disposição testamentaria
de Gaspar Mousinho Magro.
(1) Não
tendo descendência do seu casamento com D. Catarina Vilela Leitão e possuindo
avultados bens, instituiu uma capela na igreja de Santa Maria, cuja
administração confiou à Confraria de Nossa Senhora do Rosário (por disposição
testamentária de 29.8.1684 e codicilio de 28.4.1685) para do seu rendimento se
distribuírem dotes a 5 raparigas pobres daquela freguesia, que fossem
casadoiras, de boa vida e costumes mas sem raça de cristãos-novos... A pedido
dos mordomos da dita Confraria, a importância de 12000 réis, correspondente a
cada dote, foi aumentada para 24000 réis por breve pontifício de 7.5.1803,
com o fundamento Gaspar Mouzinho anexou esta capela às duas instituídas por
seus irmãos, Jorge e D. Emerenciana Mouzinho, que haviam deixado do mesmo modo
todos os bens à Confraria de Nossa Senhora do Rosário. ”Desembargo do
Paço-Beira”.
Gaspar
Mousinho Magro nomeia por herdeira e testamenteira a mulher, D. Catarina Vilela
Leitão, a quem deixa o usufruto dos seus bens,” ficando viúva ou casando com um
homem seu igual na qualidade”. Porém, “esquecendo-se ela de quem é e de que foi
minha mulher e casar com um homem que tenha parte da nação, cristão-novo por
muito pouco que seja, a hei logo por dês herdada e não quero que goze nem
possua cousa alguma minha um só instante”, passando então tudo a ser
administrado pelos mordomos de Nª Sª do Rosário.
Aqui
se manifesta o espírito intolerante deste ilustre benemérito, mas D. Catarina
conservou-se viúva até à data do seu falecimento, em 21.9.1688.
O
Albicastrense
tem a certeza que ele não tinha filhos ??? é que há quem tenha Magro no nome como é um caso de um colega meu. boa sorte com o blogue.
ResponderEliminarabraço de um albicastrense