Nasceu em Castelo Branco na segunda metade do século XV, e terá falecido em 1512 ou 1513. De Simão da Silva muito pouco se sabe… sabe-se, que mandou construir em Castelo Branco a Igreja que todos nós conhecemos por Igreja de Santo António (Antiga Igreja da Misericórdia Velha).
Numa pedra de granito assente no seu pavimento sob o arco da capela-mor, existe uma inscrição onde é possível ler-se o seguinte:
“Esta capela foi mandada fazer por Simão da Silva h…. da Índia e mandoulha fazer Anna Correia sua testamenteira á custa dos seus legados que manda os faça em seu testamento”.
Sabe-se ainda, que Simão da Silva foi escolhido por D. Fernando no início do século XVI, para ser seu embaixador ao reino de Manicongo.
Damião de Góis refere-se a este fidalgo, na sua crónica do Felicíssimo D. Manuel, narrando o facto de haver sido enviado como embaixador ao rei de Manicongo, (1) capitaneando cinco navios onde eram transportados ricos presentes do rei português e sendo portador de seguinte credencial:
“Nós, D. Manuel, Rei de Portugal, etc., enviamos a vós, Simão da Silva, fidalgo da nossa casa, pessoa de que muito confiamos e a quem, por nos ter muito bem e fielmente servido, temos boa vontade, o qual escolhemos para vos enviar, por o termos conhecido por esforçado e de muita fidelidade e que vos dará de si boa conta… Muito vos rogamos que o ouçais e lhe deis inteira fé e crença em tudo o que de nossa parte vos disser e falar, assim como o fareis se por nós fosse dito e falado e em muito prazer o receberemos de vós, e nós esperamos em Nosso Senhor que da ida do dito Simão da Silva vós recebais muito prazer e contentamento e que em todas vossa coisas o acheis assim bom e verdadeiro servidor, como nós nas nossas e em todo o nosso serviço o temos achado, porque por isso o escolhemos para vo-lo enviar e muito vos rogamos que pois prouve a Nosso Senhor que por Sua misericórdia vos alumiar..."
“Nós, D. Manuel, Rei de Portugal, etc., enviamos a vós, Simão da Silva, fidalgo da nossa casa, pessoa de que muito confiamos e a quem, por nos ter muito bem e fielmente servido, temos boa vontade, o qual escolhemos para vos enviar, por o termos conhecido por esforçado e de muita fidelidade e que vos dará de si boa conta… Muito vos rogamos que o ouçais e lhe deis inteira fé e crença em tudo o que de nossa parte vos disser e falar, assim como o fareis se por nós fosse dito e falado e em muito prazer o receberemos de vós, e nós esperamos em Nosso Senhor que da ida do dito Simão da Silva vós recebais muito prazer e contentamento e que em todas vossa coisas o acheis assim bom e verdadeiro servidor, como nós nas nossas e em todo o nosso serviço o temos achado, porque por isso o escolhemos para vo-lo enviar e muito vos rogamos que pois prouve a Nosso Senhor que por Sua misericórdia vos alumiar..."
Presume-se que Simão da Silva tenha falecido nesta embaixada por volta de (1513/1513)
Os dados que consegui encontra sobre Simão da Silva, são poucos… no entanto através deles é possível percebermos que este homem terá sido uma personagem muito importante na sua época, pois se assim não fosse não mereceria a confiança de D. Fernando.
(1) - Reino do Congo ou Império do Congo O foi um reino africano localizado no sudoeste da África no território que hoje corresponde ao noroeste de Angola, a Cabinda, à República do Congo, à parte ocidental da República Democrática do Congo e à parte centro sul do Gabão. O império era governado por um monarca, o manicongo, consistia de nove províncias e três reinos (Ngoy, Kakongo e Loango), mas a sua área de influência estendia-se também aos estados limítrofes, tais como Ndongo, Matamba, Kassanje e Kissama. A capital era M'Banza Kongo (cidade do Congo), rebatizada São Salvador do Congo após os primeiros contactos com os portugueses e a conversão do manicongo ao catolicismo no século XVI; renomeada de volta para Mbanza-Kongo em 1975.
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O Albicastrense
O Albicastrense
O Congo era um território onde viviam pessoas de várias etnias e que antes de ser colónia do reino da Bélgica foi propriedade pessoal do rei Leopoldo II. Foram Coloni-zados e explorados de todas as formas e embora "independentes" continuam a sê-lo através da instrumentalização de bandos armados por países e grupos económicos na exploração de minérios como o "coltan" para indústrias de alta tecnologia, como por exemplo a dos telemóveis que obtém altos lucros e cujos preços são fixados pelo mundo dito civilizado, promovendo a exploração de mão-de-obra infantil em condições miseráveis e que violam os direitos humanos para "meia-dúzia" capitalista(os tais que são culpados da crise que assola o mundo)e que julgam(!)serem civilizados. Estou a fazer um pequeno trabalho sobre o tema.Darei notícias. Carlos Vale
ResponderEliminarCarlos Vale
ResponderEliminarBem - haja pelo teu esclarecimento.
Cá ficamos á espera do teu trabalho, sabendo deste já que o mesmo vai ser um êxito.
Um abraço