Oito meses após a primeira tentativa, para resolver o caso do pote abandonado no jardim do governo civil e cinco após a ultima tentativa, volto hoje a abordar aqui este caso que considero importante e sobre o qual nada foi conseguido.
Em Dezembro de 2008 falei aqui pela primeira vez de uma notícia encontrada por mim no antigo jornal, “Noticias da Beira”.
Esta edição de 1916 dava conta do aparecimento de um pote, (que na altura teria mais de 300 anos), encontrado no antigo Bairro do Montinho, durante o derrube de uma velha casa.
O Pote foi oferecido alguns dias depois ao museu Tavares Proença Júnior, que na altura estava instalado nas instalações do governo civil.
Com a mudança do museu para o Paço Episcopal na década de 70, o pote “terá” ficado esquecido no edifício do governo civil e caído no esquecimento de todos. Quando encontrei a notícia, pensei para com os meus botões que o velho pote iria por fim regressar ao nosso museu e desta forma fazer-se justiça para com aqueles que em 1916 o doaram ao museu da nossa cidade.
Santa ingenuidade a minha! Pois passados oito meses o velho pote continua no velho jardim do governo civil, às contingências do tempo, (hoje com mais de 400 anos).
Esta edição de 1916 dava conta do aparecimento de um pote, (que na altura teria mais de 300 anos), encontrado no antigo Bairro do Montinho, durante o derrube de uma velha casa.
O Pote foi oferecido alguns dias depois ao museu Tavares Proença Júnior, que na altura estava instalado nas instalações do governo civil.
Com a mudança do museu para o Paço Episcopal na década de 70, o pote “terá” ficado esquecido no edifício do governo civil e caído no esquecimento de todos. Quando encontrei a notícia, pensei para com os meus botões que o velho pote iria por fim regressar ao nosso museu e desta forma fazer-se justiça para com aqueles que em 1916 o doaram ao museu da nossa cidade.
Santa ingenuidade a minha! Pois passados oito meses o velho pote continua no velho jardim do governo civil, às contingências do tempo, (hoje com mais de 400 anos).
Oito meses depois! Só me apetece gritar bem alto que fiquei sem palavras para argumentar contra aqueles que podiam e deviam resolver este assunto.
É costume dizer-se que o silêncio é de ouro…
Neste caso o silêncio é de lata… pois ele é demonstrativo da falta de interesse e da apatia instalada nas instituições, que podiam ajudar a resolver este caso.
Neste caso o silêncio é de lata… pois ele é demonstrativo da falta de interesse e da apatia instalada nas instituições, que podiam ajudar a resolver este caso.
O ignorar…
O nada fazer…
Ou o deixar falar quem fala…
O nada fazer…
Ou o deixar falar quem fala…
É a prova que os responsáveis por estas instituições pouco ou nada se interessam pelo que se passa ao seu redor. O velho pote vai continuar:
Ao sol…
Á chuva…
E ao vento…
Á chuva…
E ao vento…
Até que um dia alguém repare nele e resolva dar-lhe a dignidade que 400 anos de história lhe dão direito.
O albicastrense
Meu caro Sr. Veríssimo,
ResponderEliminarSorte a nossa que Castelo Branco não está a beira mar, se não o pote ainda era aproveitado para a pesca do polvo.
Já que o nosso presidente vai colocar os ditos mupins com informação dos principais monumentos da cidade podia-se aproveitar e colocar este escândalo num desses mupins, que por acaso são da autoria de um designer francês......hum.....nós não temos uma escola superior de artes aplicadas....?????????
O que é que estava à espera de uma senhora da "estirpe" da D. Alzira?
ResponderEliminarRespira sensibilidade por todas as pregas e refegos!
Mais palavras para quê?
E, não podiam exterminá-los?
Zé do Telhado
Amigo Verissimo, será que a actual direcção do Museu já alguma vez mostrou algum interesse em reaver esta peça? Se aí não houver interesse, nickles. Já contactou a direcção dos "Amigos" do Museu?
ResponderEliminarAbraço
Joaquim
Quais Amigos? Os do tacho social?
ResponderEliminarBatista.
ResponderEliminarOficialmente não contactei ninguém ligado ao museu, assim como também não o fiz, em relação ao governo civil. Porém… ouve quem contacta-se pessoa ligada ao governo civil, para lhe dizer do que se estava a passar. Essa pessoa do governo civil, ficou de ver o que se passava e até hoje “parece” continuar a ver o que se passa!
Contactei também alguém para saber da importância deste pote e foi-me dito que o mesmo deveria regressar ao museu por vários motivos.
Mas deixa que te diga que o facto do pote, continuar no jardim do governo civil, nada tem a ver com contactos ou falta deles.
E agora pergunte-te eu… será que para se fazer alguma coisa nesta nossa terra é necessária uma exposição em papel selado de 24 linhas?
Para mim este caso tem dois espetos que considere importante.
1º - O Pote…
2º - O acto das pessoas que em 1916 o ofereceram ao nosso museu…
Se em relação ao pote podemos ou não estar de acordo com a sua importância, o mesmo Já não se põe relação ao acto dos albicastrenses que em 1916, o ofereceram ao museu.
Por agora fico-me por aqui.
Um abraço deste teu amigo
GARCIA, Luís Pinto (1962)
ResponderEliminar"Catálogo do Museu Regional Tavares Proença Júnior" in EStudos de Castelo Branco - revista de História e Cultura, n.º 6 (1 Out. 1962); dir. José Lopes Dias (pp. 106-147)
Número Especial dedicado à memória do Tenente-Coronel António Elias Garcia
Inventário de cerâmica
c) olaria
Pote português encontrado numa casa antiga de Castelo Branco. Tem data de 1525 e o nome do oleiro (p.128)
Caro anónimo.
ResponderEliminarAntes de mais o meu bem-haja por esta informação.
Esta informação é a prova de que o velho pote entrou mesmo no museu Tavares Proença Júnior. Agora “parece-me” que os responsáveis pelo governo civil e pelo museu Francisco Tavares Júnior, talvez já tenham matéria para deixar de estar parados, quietos e mudos e comecem a fazer qualquer “coisinha” em relação ao velho pote!
Vamos aguardar pelo andamento do caso e ver se não é necessário apelar a outras instituições fora da nossa cidade, para resolver este triste caso!
Sr. António Verissimo
ResponderEliminarAcho que está a esqueçer-se de alguém que, segundo me disse, lhe terá indicado a existência desta peça esquecida nos jardins do Governo civil.
O Albicastresne "encontrou" a notícia mas quem é que relocalizou a peça dada como perdida?
Houve nestes meses da problemática do pote assuntos muito mais importantes e pertinents em matéria de atentados ao património da cidade e do concelho. Esta realidade contou com o silêncio de muitos. Mas um pote é um pote.
É a diferença entre a floresta e a árvore.
Caro anónimo, se tem assuntos mais importantes e pertinentes, vá lá, partilhe com quem está interessado e talvez assim dê mais frutos.
ResponderEliminarZé do Telhado
Caro anónimo.
ResponderEliminar(Que "parece" conhecer-me mal… embora julgue o contraio)
Estive para não lhe responder mas como Zé do Telhado tocou no assunto pensei melhor e resolvi dar-lhe troco.
Desculpe a minha franqueza mas não consigo perceber o sentido da primeira parte da sua pergunta!
“Está a esquecer-se de alguém que, segundo me disse, lhe terá indicado a existência desta peça esquecida nos jardins do Governo civil”.
Caro “amigo”… bem podia dizer-me com quem estou a falar! Pois é muito feio vir a público dizer que eu lhe disse o que diz que eu lhe disse e depois não ter a coragem de colocar o seu nome por baixo.
Sabe porque o não fiz? (a ser verdade… que eu lhe disse o que você diz que lhe disse). Talvez porque a pessoa que você diz que lhe disse, não precise que eu aqui lhe escarrapache o seu nome.
Aproveito para lhe contar uma pequena história, (que você até pode conhecer!?).
Em finais da década de noventa a mando da directora que nessa altura dirigia o nosso museu e onde eu trabalhava, (longe de imaginar esta história do pote), estive algumas semanas no governo civil a reparar parte da instalação eléctrica do edifício. Durante esse tempo trilhei muitas vezes pelo jardim do governo civil, onde vi o velho pote pela primeira vez, (pois ele não passa despercebido a quem por ali passa, ainda hoje). Quando li a notícia no jornal “Noticias da Beira” pensei para com os meus botões onde estará este pote desaparecido!
Após alguns contactos e alguma reflexão, cheguei á conclusão que o pote do jardim bem poderia ser o mesmo da notícia! Pois sabia que o museu F.T.P.J tinha estado instalado neste edifício, assim como sabia que no museu não existia nenhum pote. Somei os pontos e penso ter decifrado o enigma.
Diz o meu amigo: “Que um pote é um pote…”
“Que existem casos mais importantes e pertinentes em matéria de atentados ao património da cidade e do concelho e que esta realidade conta com o silencio de muitos…”
E termina dizendo: “É a diferença entre a floresta e a árvore.”
Caro amigo… quem sou eu para discordar de afirmações tão categóricas que faz!
Só posso dizer-lhe que o autor deste blog não tem a pretensão de ser o salvador do património da nossa cidade, assim como reconhece não ter capacidades nem conhecimentos suficientes para certo tipo te postes.
Porém estou receptivo em publicar poste seus sobre as matérias referidas, se mos enviar e eles se enquadrarem dentro dos princípios que orientam este blogue.
O Albicastrense