MONUMENTOS DE CASTELO BRANCO
Domus Municipalis – (III)
(Continuação)
Os antigos Paços do Concelho, na Praça Velha, continuaram a servir exclusivamente de cadeia até ao ano de 1984 em que se concluiu a construção de um edifício apropriado para esse fim ao norte da cidade. Nesse ano foi iniciada a execução de um projecto de adaptação do palácio para nele serem instaladas a Biblioteca Municipal e a Direcção de Urbanização do Distrito de Castelo Branco mas, reconhecendo-se que ele não oferecia as imprescindíveis condições de estabilidade, procedeu-se à sua demolição e reconstrução. A arquitectura das fachadas, concebidas no dealbar do Renascimento, foi rigorosamente mantida na reedificação: reconstituíram-se todos os elementos decorativos, incluindo a esfera armilar, as armas nacionais do século XVI e a lápide de século XVII. Em Setembro de 1951 já puderam ser alojados, no edifício reconstruído, os serviços de Urbanização dependentes do Ministério das Obras Publicas que estavam deficientemente instalados no andar térreo do Palácio do Governo Civil e a Biblioteca que funcionava acanhadamente no primeiro piso do Tribunal da Comarca no Largo da Sé. A Biblioteca Municipal era uma velha aspiração dos habitantes da cidade desde que foi verificada a viabilidade da sua instituição. Em 9 de Setembro de 1834 ordenou o Governo, numa portaria, que se organizasse uma biblioteca pública em Castelo branco com os livros dos extintos conventos da província. Esta determinação, porém não foi cumprida e aqueles livros foram armazenados numas salas húmidas do antigo Paço Episcopal que em 1835 passou a ser a sede do Governo Civil. Quando o Governo, em 25 de Agosto de 1836, instou junto do prefeito da província para que se escolhesse um edifício público destinado a biblioteca e museu foi indicado em 18 de Outubro desse ano, o da Misericórdia Velha situado entre a Rua E’ ga e a dos Oleiros, que se encontrava então devoluto por ter sido transferida a Santa Casa para o antigo convento da Graça. Não foi ali, todavia, arrumada a biblioteca publicam mas sim o Tribunal da Comarca.
(Continua)
Os antigos Paços do Concelho, na Praça Velha, continuaram a servir exclusivamente de cadeia até ao ano de 1984 em que se concluiu a construção de um edifício apropriado para esse fim ao norte da cidade. Nesse ano foi iniciada a execução de um projecto de adaptação do palácio para nele serem instaladas a Biblioteca Municipal e a Direcção de Urbanização do Distrito de Castelo Branco mas, reconhecendo-se que ele não oferecia as imprescindíveis condições de estabilidade, procedeu-se à sua demolição e reconstrução. A arquitectura das fachadas, concebidas no dealbar do Renascimento, foi rigorosamente mantida na reedificação: reconstituíram-se todos os elementos decorativos, incluindo a esfera armilar, as armas nacionais do século XVI e a lápide de século XVII. Em Setembro de 1951 já puderam ser alojados, no edifício reconstruído, os serviços de Urbanização dependentes do Ministério das Obras Publicas que estavam deficientemente instalados no andar térreo do Palácio do Governo Civil e a Biblioteca que funcionava acanhadamente no primeiro piso do Tribunal da Comarca no Largo da Sé. A Biblioteca Municipal era uma velha aspiração dos habitantes da cidade desde que foi verificada a viabilidade da sua instituição. Em 9 de Setembro de 1834 ordenou o Governo, numa portaria, que se organizasse uma biblioteca pública em Castelo branco com os livros dos extintos conventos da província. Esta determinação, porém não foi cumprida e aqueles livros foram armazenados numas salas húmidas do antigo Paço Episcopal que em 1835 passou a ser a sede do Governo Civil. Quando o Governo, em 25 de Agosto de 1836, instou junto do prefeito da província para que se escolhesse um edifício público destinado a biblioteca e museu foi indicado em 18 de Outubro desse ano, o da Misericórdia Velha situado entre a Rua E’ ga e a dos Oleiros, que se encontrava então devoluto por ter sido transferida a Santa Casa para o antigo convento da Graça. Não foi ali, todavia, arrumada a biblioteca publicam mas sim o Tribunal da Comarca.
(Continua)
PS. O texto é apresentado nesta página, tal qual foi escrito na época.
Publicado no antigo jornal "Beira Baixa" em 1951. Autor; Manuel Tavares dos Santos.
O Albicastrense
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