Embora se afirme que há testemunhas da presença do homem, desde as mais remotas idades no actual assento de Castelo Branco e nas suas cercanias, parece, contudo, que a fundação castrense situada na colina da cidade deve ser coeva ou mesmo posterior à época romana.
Sabe-se que, quando Júlio César atravessou o Tejo no ano 61 a. C. e subiu à Guarda para ocupar de vez o coração da Lusitânia (os chamados Campos da Idanha), ainda não completamente dissecados, e que por isso mal permitiam o estabelecimento de pequenos núcleos de população nas partes mais elevadas, estavam quase despovoados.
Afastada como ficava a posição de castelo Branco das estradas que cruzavam o vale do Tejo, a montante desses terrenos em dessecaçao, pois que estava situada à beira deles por ocidente, e se estendia para poente uma vasta zona montanhosa delimitada, e sem qualquer espécie de valor politico ou militar, é de presumir que, durante os primeiros tempos da sua ocupação, os romanos se limitassem a manter uma simples atalaia levantada na parte mais alta da colina em que assentou a cidade.
Portante, Castelo Branco só teria começado a ganhar importância política com a retirada dos romanos e o declínio de Idanha-a-Velha, de onde foram sendo transferidos os vario serviços administrativos.
É quase totalmente desconhecida a história desta região até à sua conquista aos Mouros por D. Afonso Henriques, e em especial a do seu povoado. Em 1165, D. Afonso Henriques fez doação de toda a região da Idanha à Ordem do Templo, confirmada por D. Sancho no ano de 1198, não havendo noticia de haverem feito qualquer obra militar no sítio de Castelo Branco pelos seus donatários.
Só 1 de Novembro de 1214, D. Afonso II faz nova doação de Castelo Branco aos Templários. E impôs como obrigação, repovoar a vila (então chamada Vila Franca da Cardosa (?)), e de levantar na parte mais alta, um poderoso castelo com missão especial de vigiar as entradas internacionais que, passando pelos portos de Fraldona e Malpique, no Tejo, convergiam em Castelo Branco.
Em 1252 o Mestre do Templo, D. Pedro de Alvites concedeu-lhe o primeiro foral, em que é designada por vila de Castelo Branco.
Porém, em 1286 el-rei D. Dinis, (ou porque os Templários não estivessem levantado as fortificações que D. Afonso II lhes impusera na doação ou porque não satisfizessem a uma defesa eficaz), mandou fazer outro castelo, com sua torre de menagem de sete quinas, e cercar a povoação de uma grossa e alta cerca amuralhada. São deste tempo as fortificações desenhadas por Duarte Darmas.
PS. Texto publicado na revista Estudos de Castelo Branco na década de sessenta, do século passado.
Sabe-se que, quando Júlio César atravessou o Tejo no ano 61 a. C. e subiu à Guarda para ocupar de vez o coração da Lusitânia (os chamados Campos da Idanha), ainda não completamente dissecados, e que por isso mal permitiam o estabelecimento de pequenos núcleos de população nas partes mais elevadas, estavam quase despovoados.
Afastada como ficava a posição de castelo Branco das estradas que cruzavam o vale do Tejo, a montante desses terrenos em dessecaçao, pois que estava situada à beira deles por ocidente, e se estendia para poente uma vasta zona montanhosa delimitada, e sem qualquer espécie de valor politico ou militar, é de presumir que, durante os primeiros tempos da sua ocupação, os romanos se limitassem a manter uma simples atalaia levantada na parte mais alta da colina em que assentou a cidade.
Portante, Castelo Branco só teria começado a ganhar importância política com a retirada dos romanos e o declínio de Idanha-a-Velha, de onde foram sendo transferidos os vario serviços administrativos.
É quase totalmente desconhecida a história desta região até à sua conquista aos Mouros por D. Afonso Henriques, e em especial a do seu povoado. Em 1165, D. Afonso Henriques fez doação de toda a região da Idanha à Ordem do Templo, confirmada por D. Sancho no ano de 1198, não havendo noticia de haverem feito qualquer obra militar no sítio de Castelo Branco pelos seus donatários.
Só 1 de Novembro de 1214, D. Afonso II faz nova doação de Castelo Branco aos Templários. E impôs como obrigação, repovoar a vila (então chamada Vila Franca da Cardosa (?)), e de levantar na parte mais alta, um poderoso castelo com missão especial de vigiar as entradas internacionais que, passando pelos portos de Fraldona e Malpique, no Tejo, convergiam em Castelo Branco.
Em 1252 o Mestre do Templo, D. Pedro de Alvites concedeu-lhe o primeiro foral, em que é designada por vila de Castelo Branco.
Porém, em 1286 el-rei D. Dinis, (ou porque os Templários não estivessem levantado as fortificações que D. Afonso II lhes impusera na doação ou porque não satisfizessem a uma defesa eficaz), mandou fazer outro castelo, com sua torre de menagem de sete quinas, e cercar a povoação de uma grossa e alta cerca amuralhada. São deste tempo as fortificações desenhadas por Duarte Darmas.
PS. Texto publicado na revista Estudos de Castelo Branco na década de sessenta, do século passado.
O Albicastrense
Quem escreveu isto?
ResponderEliminarBatista.
ResponderEliminarPenso tratar-se de um texto de Manuel da Silva Castelo Branco.
Um abraço