MUSEU ACADÉMICO
Esta velha casa, que vive há muitos e muitos anos em união de facto com o Passadiço, padece algum tempo de doença grave! Doença que se agravou nos últimos anos, em virtude de um desaguisado com o seu último inquilino, (Museu Académico).
A coisa parece ter sido grave!
Pois, a velha casa abandalhou-se e nem o velho companheiro de sempre, (o Passadiço) a consegue já reconfortar. O seu estado de abandono e desmazelo, é hoje uma tristeza! Tristeza que bem poderia ser evitada, se o respectivo senhorio, (a nossa autarquia) não desprezasse quem a serviu ao longo de tantos anos. Anos em que ela nunca negou apoio, ao seu velho companheiro, pois ela foi sempre uma parede amiga, para ele se amparar.
O mesmo não aconteceu com o respectivo senhorio, que perante a extinção do museu académico, a deixou ao abandono e nunca mais lhe deu outro inquilino, de maneira a que ala pudesse servir os albicastrenses e a sua cidade. Muitos argumentarão que se trata apenas de mais uma velha casa em ruínas! Pode ser que assim seja... no entanto, esta velha casa tem a particularidade de ser a fiel amiga que ao longo de mais de 200 anos, se mantém paredes-meias com um dos mais bonitos monumentos da nossa cidade.
Não será este motivo mais que suficiente, para que os responsáveis pela nossa autarquia possam olhar para esta velha casa com outros olhos e fizessem dela um local de apoio aos visitantes do jardim do paço, do museu e do parque da cidade?
Esse apoio poderia ainda traduzir-se na venda de livros, postais e toda a documentação existente sobre aquela zona histórica da nossa cidade.
A sugestão aqui fica para os responsáveis da nossa autarquia. Deixar esta velha casa na situação em que está, parece-me a pior das soluções que se pode tomar para resolver este abandono.
PS. Bigodes & Companhia associaram-se a este poste com a tira que se segue.
O Albicastrense
Sempre tive um enorme interesse nessa casa.
ResponderEliminarO meu pai diz-me que morava lá à muitos anos o guarda do Parque Episcopal, depois passou a Museu Académico e ultimamente parece que os Escoteiros tentaram dar uso à casa, mas o Presidente da Câmara negou o pedido. Não sei se isto foi já com o actual Presidente... = x
Esta casa tem um potencial absolutamente fantástico!
Abraço!
Caro Kenny.
ResponderEliminarQuem morou muitos e muitos anos na porta mais próxima do passadiço, foi o "Ti Cabrita”.
Homem que eu aliás conheci muito bem, durante alguns anos via-o praticamente todos os dias à porta dessa casa, quando me deslocava para o museu onde trabalhei aproximadamente 30 anos.
Ele foi porteiro no antigo cinema Vaz Preto e mais tarde do jardim do paço.
Na porta do lado onde estava instalado o museu académico, não recordo nunca ter visto lá ninguém a morar. Quanto ao resto estou de acordo consigo.
Um abraço
Bom dia
ResponderEliminarNão me lembro do Ti Cabrita, mas tenho quase a certeza que há muitos,muitos anos quem lá morou foi o motorista do Dr Alexandre Garret Poderei estar enganado,como atrás disse.Quanto ao estado actual desse prédio também ouvi dizer,nas minhas deslocações à cidade, que era para reconstruir e ficar lá de vez o Museu Académico, pois o espólio estava ao cuidado da Autarquia.Os anos passaram e nada se fez e até parece que assim vai continuar. A ideia apresentada é genial e a cidade ficaria a ganhar com mais um posto de turismo junto a um dos locais mais emblemáticos da cidade. Oxalá que haja quem avance com esse ou outro projecto que dignifique o local,pois aquilo é uma vergonha municipal.
Um abraço
JJB
Amigo JJB.
ResponderEliminarQuanto ao espólio do antigo museu Académico tenho uma má notícia para lhe dar.
Por volta de 2001 ou 2002, trabalhava eu ainda no museu Tavares Proença e era directora a Dr. Ana Margarida, foi o museu contactado, (não me pergunte por quem) para ir ao museu académico (já estava fechados alguns anos), para recuperar o que por lá havia.
O que lá havia nessa altura, era muita coisa estragada em virtude de chover lá dentro.
Os responsáveis pelo museu Académico tinham-se “esquecido” completamente do museu!...
Esteve cá um técnico do Instituto Nacional de Fotografia, que consegui recuperar algumas das muitas fotografias que ali existiam e que as terá lavado para esse instituto para recuperar.
Muitas das outras coisas estavam completamente estragadas.
Como vê, continuamos a dar tiros em nós próprios
outra,visitei o parque um dia destes e como sou curiosa e gosto de ver tudu bem visto,fiquei traumatizada com o que vi,como é possivel que exista uma autentica furda,barraca,nem sei que mais lhe hei de chamar, que sirva para os Sr. guardas estarem quando chove,quando faz calor ou quando querem comer.Chove lá dentro, como na rua, quadros eléctricos com fios á mostra, etc. Vergonha das vergonhas como é possivel tratarem assim quem lá trabalha a baixo de cão. Ó sr presidente, grande desilusão,você é mesmo desumano, tenha mais humanidade para com as pessoas, pois não merecem ser tratadas desta maneira e arranje seja o que for para estes Senhores terem melhores condições no local de trabalho,pois trabalham em seu prol.luisa Stran
ResponderEliminarAmigo Veríssimo
ResponderEliminarAgradeço a sua informação e por fim só se espera que as fotos levadas para esse tal Instituto não acabem por levar um caminho que amanhã ninguém consiga descortinar e não haja maneira de o responsabilizar,como é hábito neste País.Já lá vai quase uma década e ainda nada se sabe da recuperação das fotos.O Instituto nada diz e ninguém responsável pede explicações sobre a situação?
Mais um abraço.
JJB
Olhe Veríssimo, a casa é bastante mais antiga que o passadiço do Paço. Veja por exemplo os ornatos das portas e janelas e diga-me o que vê. Portados e linteis manuelinos. Datados certamente dos finais do século XV, principios do seguinte. O passadiço só virá a ser construído no século XVIII, portanto nessa altura a casa já tinha 200 anos. Resumoindo, penso que a casa é coeva do cruzeiro de S. João que lhe fica perto. Da última vez que me assumei para dentro da casa esta estava nua, ou seja só exustem as paredes e não acho que seja opinião da Câmara reconstruir aí nada. Só ficam as paredes porque a fachada possui elementos quinhentistas. Aposto...
ResponderEliminarAbraço
Joaquim Baptista
BATISTA.
ResponderEliminarTens razão quando á antiguidade da casa.
Esta velha casa foi restaurada na década de oitenta para ali funcionar o museu académico, ela têm apenas o r/c e uma escadaria em madeira de dá para o primeiro andar. O pior é que foi abandonada aos ratos e hoje, (como se pode ver) o telhado mete água, as janelas estão uma desgraça, além da pintura estar como é visível nas fotografias.
Isto para de dizer que não seria preciso muito dinheiro para a recuperar e por ao serviço da nossa cidade.
Um abraço