FONTES E POÇOS - ( II )
(Continuação)
A Fonte da Pàqueixada, estava na confluência da actual Alameda de Salazar, (hoje 2010 Alameda da Liberdade) com a rua de D. Dinis em que foi transformado o antigo beco da Pàqueixada. Era um poço com grande abundância de água salobra que, segundo tradição possuía as virtudes de curar a inflamação dos olhos e de fazer despegar as sanguessugas da boca dos animais.
A Fonte do Tostão, era um poço circular situado na serra da Cardosa, nas proximidades do local onde existiu a Capela de S. Gens. A água deste poço era apreciada como uma das melhores de Castelo Branco.
A Fonte Nova, ao nordeste da cidade, era um poço de grande caudal cuja água era utilizada como boa para usos domésticos.
O Poço das Covas, que deu o nome a uma das ruas da parte velha da povoação e o Poço do Concelho, localizado no confluência da Rua dos Olarias com a de Bartolomeu as Costa, eram tradicionalmente considerados como antiquíssimos. Não foram mencionados nas actas das sessões da Câmara de 7 de Abril de 1655 e 18 de Agosto de 1790, talvez por terem água impropria para beber e serem muito diminutos os seus caudais. Também não é conhecida a data da construção do Poço de Santiago, situado ao Sul da rua do mesmo nome. Tinha um caudal abundante mas a sua água não era de boa qualidade. No século XIX o abastecimento público foi algo melhorado com a captação de mais quatro mananciais: A Fonte das Águas Férreas, os dois poços da Devesa, a Fonte do Cansado e os chafarizes da Mina e da Granja.
A Fonte das Águas Férreas, foi construída em 1828 ao sudoeste da cidade, no limite da quinta que foi de Rafael José da Cunha. O povo atribuía à água deste fonte a virtude de curar algumas doenças do aparelhe digestivo. Dos poços construídos na Devesa o mais antigo era o do lado nascente do quartel do regimento de Cavalaria nº 8. O do lado do poente foi mandado abrir pela Câmara Municipal, em 1844, para a captação de uma nascente que surgiu quando se procedia à abertura dos caboucos para a edificação do quartel.
A Fonte do Cansado, ao sudeste da cidade e cuja água era das mais apreciadas, foi construída em 1848.
PS. O texto é apresentado nesta página, tal qual foi escrito na época. Publicado no antigo jornal "Beira Baixa" em 1952. Autor: Manuel Tavares dos Santos.
O Albicastrense
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