O ULTIMO DOS VELHOS CAFÉS
O
café Avis fechou no passado domingo as suas portas ao público.
Consta que na próxima quinta-feira, (4 de
Outubro) se irá realizar uma reunião entre a atual
gerência e credores, para decidir se este encerramento é
definitivo.
Sessenta
e oito anos depois da sua abertura, o últimos dos velhos cafés da
terra albicastrense, parece correr o risco de encerrar
definitivamente as portas aos albicastrenses.
Que
tristeza minha gente! Primeiro caiu o café Arcádia, depois tombou
o Lusitânia e agora vai desabar o Avis.
Sessenta
e oito anos depois da sua abertura, lançava aqui uma pergunta aos
albicastrenses que visitam este blog:
- Será que na terra albicastrense estamos condenados a deixar morrer tudo o que vem do passado?
-
Será que ao contrário de muitas outras terras que protegem os seus
velhos locais de convívio, os albicastrenses vão ficar (mais uma
vez) quietinhos no seu cantinho, crendo que nada se possa fazer
para evitar mais este desaparecimento?
Quem
conhece o largo dos cafés?
Era
assim ainda não há muito tempo, que os albicastrenses chamavam ao
local onde os citados cafés tinham residência. Hoje, este local bem
podia chamar-se o largo onde os cafés antigamente tinham habitação.
Palavra
que tenho pena de ser um teso crónico, pois se assim não fosse,
adquiria este espaço, dava-lhe o esplendor que já teve noutros
tempos, (com porta giratória e tudo)
e ponha-o ao serviço da terra albicastrense.
UM
POUCO DE HISTÓRIA
As
obras de construção deste café, iniciaram-se em 1943. A
inauguração aconteceu no ano seguinte.
Teve
como seu primeiro gerente, Manuel da Fonseca Ribeiro. Contrariamente
ao café Lusitânia que era frequentado pela classe operária, ou
pelo café Arcádia, que era frequentado pela classe média. O Avis
tinha como frequentadores a classe mais abastada da terra
albicastrense, quando da sua abertura.
Durante
mais de trinta anos, este café manteve-si inalterável, contudo, no
início da década de setenta do século passado, perdeu as suas
portas giratórias (quem entre os mais
velhos, não se lembra delas!), portas que foram
substitutas por portas de vidro que ainda hoje lá podemos ver.
No
final da mesma década, alguém “muito
iluminado” resolveu dar a machadada final, transformando
a sala de convívio numa espécie de sala Senek-bar, construindo no
seu interior um balcão em quadrado para ali servir pequenas
refeições, situação que ainda hoje ali existe.
O
Albicastrense
Muito obrigado mais uma vez pelo excelente trabalho d'o Albicastrense.
ResponderEliminarAmigo Carmona.
ResponderEliminarEu é que agradeço as suas palavras.
Um abraço