terça-feira, outubro 02, 2012

CAFÉ AVIZ


O ULTIMO DOS VELHOS CAFÉS
O café Avis fechou no passado domingo as suas portas ao público. Consta que na próxima quinta-feira, (4 de Outubro) se irá realizar uma reunião entre a atual gerência e credores, para decidir se este encerramento é definitivo.
Sessenta e oito anos depois da sua abertura, o últimos dos velhos cafés da terra albicastrense, parece correr o risco de encerrar definitivamente as portas aos albicastrenses.
Que tristeza minha gente! Primeiro caiu o café Arcádia, depois tombou o Lusitânia e agora vai desabar o Avis.
Sessenta e oito anos depois da sua abertura, lançava aqui uma pergunta aos albicastrenses que visitam este blog:

- Será que na terra albicastrense estamos condenados a deixar morrer tudo o que vem do passado?
- Será que ao contrário de muitas outras terras que protegem os seus velhos locais de convívio, os albicastrenses vão ficar (mais uma vez) quietinhos no seu cantinho, crendo que nada se possa fazer para evitar mais este desaparecimento?

Quem conhece o largo dos cafés?

Era assim ainda não há muito tempo, que os albicastrenses chamavam ao local onde os citados cafés tinham residência. Hoje, este local bem podia chamar-se o largo onde os cafés antigamente tinham habitação.
Palavra que tenho pena de ser um teso crónico, pois se assim não fosse, adquiria este espaço, dava-lhe o esplendor que já teve noutros tempos, (com porta giratória e tudo) e ponha-o ao serviço da terra albicastrense.

UM POUCO DE HISTÓRIA

As obras de construção deste café, iniciaram-se em 1943. A inauguração aconteceu no ano seguinte.
Teve como seu primeiro gerente, Manuel da Fonseca Ribeiro. Contrariamente ao café Lusitânia que era frequentado pela classe operária, ou pelo café Arcádia, que era frequentado pela classe média. O Avis tinha como frequentadores a classe mais abastada da terra albicastrense, quando da sua abertura.
Durante mais de trinta anos, este café manteve-si inalterável, contudo, no início da década de setenta do século passado, perdeu as suas portas giratórias (quem entre os mais velhos, não se lembra delas!), portas que foram substitutas por portas de vidro que ainda hoje lá podemos ver.
No final da mesma década, alguém “muito iluminado” resolveu dar a machadada final, transformando a sala de convívio numa espécie de sala Senek-bar, construindo no seu interior um balcão em quadrado para ali servir pequenas refeições, situação que ainda hoje ali existe.
O Albicastrense

2 comentários:

  1. Muito obrigado mais uma vez pelo excelente trabalho d'o Albicastrense.

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  2. Amigo Carmona.
    Eu é que agradeço as suas palavras.
    Um abraço

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