Vamos ao Castelo
Segundo a referida noticia a câmara municipal terá já adquirido 25 casas degradadas e desabitadas tendo já recuperado seis, (ena tantas…), dessas casas e realojado seis famílias. ”A prioridade de realojamentos é para gente nova, isto para que voltemos a ter vida e gente activa na zona antiga da cidade”, diz Joaquim Morão. A reportagem termina citando o autarca: “Só iremos parar quando a zona antiga estiver recuperada”!
Já aqui escrevi por inúmeras vezes o estado miserável em que se encontra a referida zona, não podia portanto ficar de bico calado perante esta notícia.
Vamos por partes, para quem como eu nasceu em Castelo Branco à pouco mais de meio século, e conhece a realidade na nossa zona histórica a primeira impressão com que se fica ao ler esta reportagem, é de que era necessário dizer alguma coisa sobre a “pobre” zona do castelo e com tal deitaram falador, (como diz o povo), mais valia ficarem calados, pois nada de novo foi acrescentado ao pouco que esta a ser feito naquela zona da cidade.
Senhor presidente já aqui afirmei o muito respeito que tenho por si e pelo trabalho que tem desenvolvido na nossa cidade, porém neste caso deixe-me que lhe diga que a montanha, (a noticia do jornal), terá parido um rato.
Vou praticamente todas as semanas ao castelo, (que é como gosto da chamar aquela parte da cidade), estou por tal motivo esclarecido sobre o real estado da zona histórica, existem ruas onde praticamente não mora viva alma, outras onde a maior parte das casas estão em ruínas, outras ainda sem qualquer possibilidade de habitabilidade, são dezenas e dezenas de casas em total degradação, numa zona da nossa cidade, em que a historia da nossa terra é contada casa a casa, rua a rua, mas onde os nossos autarcas, (com alguma excepção, talvez a sua!), se estiveram cagando pura e simplesmente para a nossa historia, (nem alguns portados quinhentistas escaparam).
Dizer-se que: “Só iremos parar quando a zona antiga estiver recuperada”, é evidentemente mandar areia aos olhos dos albicastrenses, as casas recuperadas de que fala são apenas um pequeno grão de areia em toda aquela miséria habitacional.
É indispensável um autentico projecto “Polis” com investimentos de muitos milhões para dar ao local a dignidade que já teve, e podermos mostrar a quem nos visita a nossa própria identidade histórica de mais de 600 anos e não um remendar de rede, aqui e ali, que logo se rompe noutro lado qualquer.
Para terminar por agora direi apenas senhor presidente, a fazer fé no que afirmou no jornal quanto a recuperação do castelo “Só iremos parar quando a zona antiga estiver recuperada”, desde já os meus parabéns pelos próximos cinquenta anos a frente da nossa autarquia, pois esse será o tempo necessário para a sua recuperação ao ritmo actual.
O Albicastrense
sim o dajaquim tá para durar. é das pilahas duracel. duras como o betão do morão.
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