O blogue “Castelo Branco – O Albicastrense” é desde o seu nascimento, um sítio que se dedica quase exclusivamente a dar a conhecer aos albicastrenses (de uma forma muito simples), um pouco da nossa história, ou em abordar assuntos do interesse da nossa cidade.
Era e vai continuar a ser, no entanto, a partir de agora tem um novo espaço, espaço ao qual dei o nome do: “Cantinho do Barradas”. José Zêzere Barradas, irá falar-nos de assuntos de âmbito nacional, ou seja, de vez enquanto ele irá aqui presentear-nos com artigos de opinião.
Este cantinho fica para já à consideração dos visitantes do blogue, visitantes que poderão comentar os artigos do Barradas, e aos quais ele poderá responder se assim o entender.
Era e vai continuar a ser, no entanto, a partir de agora tem um novo espaço, espaço ao qual dei o nome do: “Cantinho do Barradas”. José Zêzere Barradas, irá falar-nos de assuntos de âmbito nacional, ou seja, de vez enquanto ele irá aqui presentear-nos com artigos de opinião.
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O Albicastrense
NÃO VALE A PENA TAPAR O SOL COM UMA PENEIRA
Meus caros leitores, muito se ouvido falar nestes últimos tempos acerca da dívida pública, acerca do entendimento ao nível dos dois maiores partido políticos com representação na Assembleia da República, e até já se falou num governo de salvação Nacional. Muito também se tem vindo a falar acerca do desemprego e dos 700 mil desempregados. Penso que não vale a pena tapar o sol com uma peneira. Venham os governos que vierem, venha lá quem vier, não haverá messias nem príncipes que nos possam valer, pelo menos nos próximos 20 a 30 anos. Destruir seja o que for é uma tarefa fácil, mas construir e recuperar torna-se uma obra difícil.
Nesta porção de terreno a que se dá o nome de Portugal tudo se foi destruindo aos poucos e poucos; recordo algumas empresas que desapareceram: Siderurgia Nacional, Empresa Tramagal, Estaleiros Navais Lisnave e Setnave; Sorefame, vidreiras da Marinha Grande, empresas corticeiras, EPAC, e outras tantas.
Em fim, tem sido fechar, fechar, fechar. Quero com isto dizer que o sector secundário foi dizimado ao longo destes últimos 20 a 25 anos. O sector secundário é o sector da indústria, e a base da sociedade onde nos inserimos. As necessidades geradas por este sector de actividade levam à prosperação do sector primário, agricultura, pescas, industrias extractivas, e ao desenvolvimento do sector terciário, os serviços, os quais tem um papel importante na organização e manutenção dos sectores de actividade e sociedade em geral. Ora, quando 90% dos bens materiais necessários à satisfação das necessidades da sociedade portuguesa são importados, isto é, vem do estrangeiro, é claro que a única coisa que podemos fazer é sermos meros consumistas e espectadores.
Ficamos à espera que tudo apareça cá feito. Por isso os que não tem nada para fazer são já cerca de 700 mil. Longe vão os tempos em que nós trabalhava-mos para produzir para o mercado interno. Hoje como todos sabem já nada fazemos, e já nada ou quase nada sabemos fazer. Tudo vem de fora, e nós “nicles”.
Mesmo que queiramos tentar fazer alguns bens já não temos tecnologia nem Recursos Humanos que saibam fazer seja o que for, pois não desenvolvemos a técnica. Agradeço desde já o tempo por vós dispendido na leitura deste artigo. Segundo os cânones, a palavra Política significa governo, pode também significar um conjunto de medidas ou estratégias governativas com o fim último de garantir o bem-estar social. Andamos todos cheios de ouvir que a crise que se faz sentir em Portugal terá surgido por volta de 2007/2008, e que tem origem nos mercados internacionais. Ora bem, o problema que nos está a surgir é de natureza económica, mas com origem profunda no laxismo político, e que na minha modesta opinião, terá sido originado na acumulação de erros, desleixo político-partidário e ausência de estratégias por parte daqueles que tem vindo ao leme deste barco a que chamamos Portugal.
Nesta porção de terreno a que se dá o nome de Portugal tudo se foi destruindo aos poucos e poucos; recordo algumas empresas que desapareceram: Siderurgia Nacional, Empresa Tramagal, Estaleiros Navais Lisnave e Setnave; Sorefame, vidreiras da Marinha Grande, empresas corticeiras, EPAC, e outras tantas.
Em fim, tem sido fechar, fechar, fechar. Quero com isto dizer que o sector secundário foi dizimado ao longo destes últimos 20 a 25 anos. O sector secundário é o sector da indústria, e a base da sociedade onde nos inserimos. As necessidades geradas por este sector de actividade levam à prosperação do sector primário, agricultura, pescas, industrias extractivas, e ao desenvolvimento do sector terciário, os serviços, os quais tem um papel importante na organização e manutenção dos sectores de actividade e sociedade em geral. Ora, quando 90% dos bens materiais necessários à satisfação das necessidades da sociedade portuguesa são importados, isto é, vem do estrangeiro, é claro que a única coisa que podemos fazer é sermos meros consumistas e espectadores.
Ficamos à espera que tudo apareça cá feito. Por isso os que não tem nada para fazer são já cerca de 700 mil. Longe vão os tempos em que nós trabalhava-mos para produzir para o mercado interno. Hoje como todos sabem já nada fazemos, e já nada ou quase nada sabemos fazer. Tudo vem de fora, e nós “nicles”.
Mesmo que queiramos tentar fazer alguns bens já não temos tecnologia nem Recursos Humanos que saibam fazer seja o que for, pois não desenvolvemos a técnica. Agradeço desde já o tempo por vós dispendido na leitura deste artigo. Segundo os cânones, a palavra Política significa governo, pode também significar um conjunto de medidas ou estratégias governativas com o fim último de garantir o bem-estar social. Andamos todos cheios de ouvir que a crise que se faz sentir em Portugal terá surgido por volta de 2007/2008, e que tem origem nos mercados internacionais. Ora bem, o problema que nos está a surgir é de natureza económica, mas com origem profunda no laxismo político, e que na minha modesta opinião, terá sido originado na acumulação de erros, desleixo político-partidário e ausência de estratégias por parte daqueles que tem vindo ao leme deste barco a que chamamos Portugal.
José Zêzere Barradas
Mesmo que queiramos tentar fazer alguns bens já não temos tecnologia nem Recursos Humanos que saibam fazer seja o que for, pois não desenvolvemos a técnica.
ResponderEliminarConvém não generalizar, em termos de novas tecnologias Portugal tem excelentes recursos (temos mesmo das melhores redes de telecomunicações do mundo!) e temos um vasto know how (leia-se recursos humanos).
Quanto a sectores como agricultura e pesca... aí já nada posso dizer. Quando o Cavaco era Primeiro Ministro recebia 5 milhões de contos por dia da UE e não se revitalizaram esses sectores, não será certamente agora que isso vai acontecer, esteja lá quem estiver.
Como diz muito bem o problema vem de trás...
(não pretendo atacar o Cavaco, qualquer um dos que lá esteve tem culpa no cartório)
Cumprimentos!
Caro Dr. Felizardo, os meus parabens pela coragem e pela determinação com que escreveu este artigo.
ResponderEliminarGrande abraço