Do lado norte da cidade, na antiga Rua da Corredoura, hoje denominada de Bartolomeu da Costa existe um palácio, com dois corpos e ângulo recto, que foi vivenda de Inverno dos bispos da Guarda nos séculos XVII e XVIII e residência permanente dos bispos de Castelo Branco desde a criação da diocese, em 17 de Julho de 1771, até ao falecimento do terceiro e ultimo prelado em 6 de Abril de 1831.
A entrada principal do palácio é constituída por um pátio nobre quadrangular, cuja área é de 370 metros quadrados, ao qual dava aceso a uma monumental porta férrea emoldurada por cantarias lavradas no estilo do Renascimento e ladeada por duas elegantes colunas de fustes com canelaras. O antigo e sumptuoso Paço Episcopal compunha-se do palácio com o seu pátio nobre e de vários e amplos logradouros que eram atravessados pela antiga Rua da Corredoura.
Do lado do poente da rua estava o palácio com o seu formoso jardim hoje classificado como monumento nacional e um olival onde se encontram actualmente o Jardim-Escola de S. João de Deus, o Dispensário do Dr. Alfredo Mota e a Escola de Enfermagem.
Neste olival era captada a água que abastecia os lagos e os repuxos. Do lado do nascente havia uma quinta ou horta ajardinada, um bosque com luxuriante e umbroso arvoredo e uma tapada adjacente que era designada pelo nome de Coelheira por servir para viveiro de coelhos.
A comunicação da horta ajardinada com o bosque contíguo era feita por duas portas férreas, uma das quais era chamada a porta de Roma, ainda existente e cujo frontão de graciosas volutas, tem uma cruz terminal de cantaria. A passagem do jardim para a quinta fazia-se transpondo a Rua da Corredoura por um passadiço sobre arcos de alvenaria, que ainda existe mas com a comunicação cortada pela supressão de um lanço da escadaria.
O corpo principal do palácio, excepto o seu peristilo e o salão de entrada, foi mandado edificar no fim do século XVI, no reinado de D. Filipe I, pelo Bispo da Guarda D. Nuno de Noronha.
No frontão da porta férrea do pátio nobre há a seguinte inscrição: “Dom Nuno de Noronha, filho de D. Sancho de Noronha, conde de Odemira, bispo que foi de Viseu, sendo da Goarda, mandou fazer estes paços, que começarão em Maio de 96 e se acabarão anno de 1598”.
O fundador do Paço Episcopal era filho do 4º conde de Odemira, alcaide-mor de Estremoz e de D. Margarida da Silva, filha de D. João da Silva, 2º conde de Portalegre. Bacharel em Teologia formado no mosteiro de Santa Cruz, foi eleito reitor da Universidade de Coimbra e confirmado nesse cargo pelo Rei-Cardeal D. Henrique em 4 de Outubro de 1578. Doutorou-se na Faculdade de Teologia, continuando a desempenhar as funções de reitor até 1586, data em que foi nomeado Bispo de Viseu pelo Rei D. Filipe I.
A entrada principal do palácio é constituída por um pátio nobre quadrangular, cuja área é de 370 metros quadrados, ao qual dava aceso a uma monumental porta férrea emoldurada por cantarias lavradas no estilo do Renascimento e ladeada por duas elegantes colunas de fustes com canelaras. O antigo e sumptuoso Paço Episcopal compunha-se do palácio com o seu pátio nobre e de vários e amplos logradouros que eram atravessados pela antiga Rua da Corredoura.
Do lado do poente da rua estava o palácio com o seu formoso jardim hoje classificado como monumento nacional e um olival onde se encontram actualmente o Jardim-Escola de S. João de Deus, o Dispensário do Dr. Alfredo Mota e a Escola de Enfermagem.
Neste olival era captada a água que abastecia os lagos e os repuxos. Do lado do nascente havia uma quinta ou horta ajardinada, um bosque com luxuriante e umbroso arvoredo e uma tapada adjacente que era designada pelo nome de Coelheira por servir para viveiro de coelhos.
A comunicação da horta ajardinada com o bosque contíguo era feita por duas portas férreas, uma das quais era chamada a porta de Roma, ainda existente e cujo frontão de graciosas volutas, tem uma cruz terminal de cantaria. A passagem do jardim para a quinta fazia-se transpondo a Rua da Corredoura por um passadiço sobre arcos de alvenaria, que ainda existe mas com a comunicação cortada pela supressão de um lanço da escadaria.
O corpo principal do palácio, excepto o seu peristilo e o salão de entrada, foi mandado edificar no fim do século XVI, no reinado de D. Filipe I, pelo Bispo da Guarda D. Nuno de Noronha.
No frontão da porta férrea do pátio nobre há a seguinte inscrição: “Dom Nuno de Noronha, filho de D. Sancho de Noronha, conde de Odemira, bispo que foi de Viseu, sendo da Goarda, mandou fazer estes paços, que começarão em Maio de 96 e se acabarão anno de 1598”.
O fundador do Paço Episcopal era filho do 4º conde de Odemira, alcaide-mor de Estremoz e de D. Margarida da Silva, filha de D. João da Silva, 2º conde de Portalegre. Bacharel em Teologia formado no mosteiro de Santa Cruz, foi eleito reitor da Universidade de Coimbra e confirmado nesse cargo pelo Rei-Cardeal D. Henrique em 4 de Outubro de 1578. Doutorou-se na Faculdade de Teologia, continuando a desempenhar as funções de reitor até 1586, data em que foi nomeado Bispo de Viseu pelo Rei D. Filipe I.
continua
PS. O texto é apresentado nesta página, tal qual foi escrito na época.
Publicado no antigo jornal Beira Baixa em 1952
Publicado no antigo jornal Beira Baixa em 1952
Autor. Manuel Tavares dos Santos
O Albicastrense
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