CASTELO BRANCO
E OS SEUS
ESPAÇOS CULTURAIS, ATRAVÉS DO TEMPO
A Cidade de Castelo Branco é desde sempre, (infelizmente), um rosário de amarguras e decepções, no desenrolar da existência dos nossos espaços culturais. Praticamente desde o final do século XIX, que a problemática dos espaços culturais na cidade de Castelo Branco tem tido um caminho tortuoso, com alguns oásis pelo meio, de politicas e intenções privadas.
Quem não se lembra dos muitos projectos, (ao longo dos tempos), vindos a publico, para a construção de não-sei-quantos centros culturais, que nunca passaram do papel. Porém a história é feita de realidades e não de projectos, que nunca passaram disso mesmo. Em virtude dessas mesmas existências aqui ficam alguns dados, dos espaços culturais que existiram na nossa cidade, entre os finais do século XIX e a inauguração do Cine-Teatro Avenida, no ano de 1954.
O Teatro União, segundo consta foi a primeira casa de espectáculos da cidade de Castelo Branco, Situava-se no largo de Santo António, e terá sido construído em 1853. Pouco se sa
be desta casa de espectáculos, e da sua história.
Por finais do séc. XIX, deu-se a construção do Teatro da Sé, (onde ainda hoje funciona o conservatório). Foi um drama daqueles de faca e alguidar, uma série quase indeterminável de actos e cenas, podendo hoje dizer-se que, um edifício que foi inicialmente projectado para ser teatro nunca o foi efectivamente.
O Teatro de Castelo Branco, Construído no inicio do século XX, sucedeu ao famigerado teatro da Sé, e também construído no Largo de Santo António, (onde já anteriormente existira o Teatro União). È caso para dizer que o referido largo, é um verdadeiro cemitério de espaços culturais.
Nos anos 20, o Cine – Teatro Vaz Preto, que se situava na rua co
m o mesmo nome, e onde até à pouco tempo existia um armazém da firma Castanheira.
O Cine – Teatro Vaz Preto, nasce da remodelação do antigo Salão Olímpia.
Nos anos 50, construí-se o Cine – Teatro Avenida, de que muitos albicastrenses guardaram com certeza boas memórias.
Castelo Branco, teve igualmente algumas salas de cinema;
O Salão A.P que de 1911 a 1913 funcionou na Rua do Relógio, o Animatógrapho Royal que funcionava na Devesa, o Salão Olímpia que será transformado mais tarde em Cine -Teatro Vaz Preto.
Muito mais haverá a dizer naturalmente destes espaços culturais, e das pessoas responsáveis pelas suas construções. Gostaria no entanto de aqui falar de um nome muito ligado a este sector.
Tomás Mendes da Silva Pinto, (empresário albicastrense do sector dos espectáculos), que segundo os apontamentos que tive oportunidade de ler, foi um grande impulsionador nesta área ao longo de mais de 50 anos.
O Albicastrense