CASTELO BRANCO NA HISTÓRIA E NA ARTE
(Continuação)
A substituição da Comissão Administrativa da Câmara Municipal, em 1937, não permitiu a execução de todas as obras projectadas.
Nesse ano foram colocadas no recinto de entrada quatro painéis de azulejos e ainda se assentaram mais dois em cada um dos anos de 1938 e 1939. Ficaram porem, dez painéis por revestir. Não há uniformidade nas cercaduras por não ter havido nos anos de 1938 e 1939, o cuidado de fornecer à fábrica os elementos necessários para evitar a desarmonia dos painéis encomendados com os que tinham assentes em 1937.
Não se chegou a suprimir a entrada indirecta do jardim, que dá acesso ao passadiço sobre a Rua de Bartolomeu da Costa. O portão dessa entrada esteve primitivamente ao meio do passadiço para vedar a passagem do jardim para a horta ajardinada e foi mudada para a Rua de Bartolomeu da Costa, pela vereação municipal de 1911, no intuito de dotar o jardim com uma entrada privativa independente da horta que se encontra hoje transformada em parque. Foi então mudado também o sentido do lanço de escada que estabelecia a comunicação do jardim com a horta fronteira e que passou a servir para o acesso ao passadiço pela rua publica. Com a construção da nova entrada directa do jardim tornou-se inútil a existência do acanhado recinto de entrada estabelecido em 1911 e que apenas serve actualmente de depósito de imundices, dando azo a justos reparos dos visitantes.
É imprescindível, portanto, a conclusão das obras projectadas em 1936, para a qual falta a execução das seguintes:
Nesse ano foram colocadas no recinto de entrada quatro painéis de azulejos e ainda se assentaram mais dois em cada um dos anos de 1938 e 1939. Ficaram porem, dez painéis por revestir. Não há uniformidade nas cercaduras por não ter havido nos anos de 1938 e 1939, o cuidado de fornecer à fábrica os elementos necessários para evitar a desarmonia dos painéis encomendados com os que tinham assentes em 1937.
Não se chegou a suprimir a entrada indirecta do jardim, que dá acesso ao passadiço sobre a Rua de Bartolomeu da Costa. O portão dessa entrada esteve primitivamente ao meio do passadiço para vedar a passagem do jardim para a horta ajardinada e foi mudada para a Rua de Bartolomeu da Costa, pela vereação municipal de 1911, no intuito de dotar o jardim com uma entrada privativa independente da horta que se encontra hoje transformada em parque. Foi então mudado também o sentido do lanço de escada que estabelecia a comunicação do jardim com a horta fronteira e que passou a servir para o acesso ao passadiço pela rua publica. Com a construção da nova entrada directa do jardim tornou-se inútil a existência do acanhado recinto de entrada estabelecido em 1911 e que apenas serve actualmente de depósito de imundices, dando azo a justos reparos dos visitantes.
É imprescindível, portanto, a conclusão das obras projectadas em 1936, para a qual falta a execução das seguintes:
1º Eliminação da entrada indirecta do jardim pelo passadiço, por se haver tornado desnecessário:
2º Reconstituição do lanço de escada para o restabelecimento da comunicação com a antiga horta ajardinada actualmente transformada em parque moderno:
3º Substituição dos frisos de massa, que contornam os painéis de azulejos , por frisos de cantaria:
4º Revestimento das paredes do recinto de entrada, estabelecido em 1936, com mais dez painéis de azulejos artísticos:
5º Uniformização das cercaduras dos painéis de azulejos assentes e a colocar:
6º Banimento das laranjeiras que foram plantadas no recinto de entrada em 1941 e que afrontam as suas paredes apaineladas; e finalmente:
7º Instalação da iluminação eléctrica no jardim, sem prejuízo da sua estética nem da sua harmonia.
2º Reconstituição do lanço de escada para o restabelecimento da comunicação com a antiga horta ajardinada actualmente transformada em parque moderno:
3º Substituição dos frisos de massa, que contornam os painéis de azulejos , por frisos de cantaria:
4º Revestimento das paredes do recinto de entrada, estabelecido em 1936, com mais dez painéis de azulejos artísticos:
5º Uniformização das cercaduras dos painéis de azulejos assentes e a colocar:
6º Banimento das laranjeiras que foram plantadas no recinto de entrada em 1941 e que afrontam as suas paredes apaineladas; e finalmente:
7º Instalação da iluminação eléctrica no jardim, sem prejuízo da sua estética nem da sua harmonia.
As cantarias do portão a suprimir poderiam ser colocadas no que estabelece a comunicação do parque com o bosque, em substituição das outras modernas e extremamente pobres que destoam da Porta de Roma e que ali se colocaram no lugar das primitivas por estas terem sido aplicadas na porta férrea do novo recinto de entrada do jardim.
A existência de painéis de azulejos nas paredes do recinto de entrada, não obstante despertar a curiosidade dos visitantes, animar o ambiente e valorizar o jardim, tem sido objecto de algumas criticas discordantes. Enfileiram no reduzido número de detractores os candidatos varões que desconhecem a exuberância e a beleza dos azulejos decorativos nos jardins similares do século XVIII, nomeadamente no do Palácio Nacional de Queluz e no do Marques de Fronteira em Lisboa. Há, todavia a contrapor a tais opiniões inconsistentes as dos críticos abalizados em cujo número se contou Conttinelli Telmo, o saudoso Arquitecto chefe da Exposição do Mundo Português realizada brilhantemente em Lisboa em 1940.
Convidado pelo autor do projecto a emitir um parecer, aquele técnico ilustre concordou plenamente com a decoração do recinto com azulejos artísticos, não tendo posto objecções ao conjunto das obras.
É de lamentar, portanto que a louvável e invulgar iniciativa do antigo vereador Joaquim Martins Bispo não tivesse continuadores. É digna de louvores a Câmara Municipal por ter promovido a realização de importantes obras de urbanização que, embora incompletas, já melhoraram notavelmente a fisionomia da cidade; tornar-se-ia merecedora dos maiores encómios e credora de um profundo reconhecimento de todos os munícipes se deliberassem valorizar o património artístico citadino, com a execução das obras complementares da nova entrada do portentoso Jardim Municipal.
A existência de painéis de azulejos nas paredes do recinto de entrada, não obstante despertar a curiosidade dos visitantes, animar o ambiente e valorizar o jardim, tem sido objecto de algumas criticas discordantes. Enfileiram no reduzido número de detractores os candidatos varões que desconhecem a exuberância e a beleza dos azulejos decorativos nos jardins similares do século XVIII, nomeadamente no do Palácio Nacional de Queluz e no do Marques de Fronteira em Lisboa. Há, todavia a contrapor a tais opiniões inconsistentes as dos críticos abalizados em cujo número se contou Conttinelli Telmo, o saudoso Arquitecto chefe da Exposição do Mundo Português realizada brilhantemente em Lisboa em 1940.
Convidado pelo autor do projecto a emitir um parecer, aquele técnico ilustre concordou plenamente com a decoração do recinto com azulejos artísticos, não tendo posto objecções ao conjunto das obras.
É de lamentar, portanto que a louvável e invulgar iniciativa do antigo vereador Joaquim Martins Bispo não tivesse continuadores. É digna de louvores a Câmara Municipal por ter promovido a realização de importantes obras de urbanização que, embora incompletas, já melhoraram notavelmente a fisionomia da cidade; tornar-se-ia merecedora dos maiores encómios e credora de um profundo reconhecimento de todos os munícipes se deliberassem valorizar o património artístico citadino, com a execução das obras complementares da nova entrada do portentoso Jardim Municipal.
PS . O texto é apresentado nesta página, tal qual foi escrito na época.
Publicado no antigo jornal "Beira Baixa " em 1952
Autor. Manuel Tavares dos Santos
Publicado no antigo jornal "Beira Baixa " em 1952
Autor. Manuel Tavares dos Santos
O Albicastrense
Sem comentários:
Enviar um comentário